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vasccFoi dramático, mas o Vasco conseguiu se classificar para as quartas de final da Libertadores após vencer o Lanús por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, nessa quarta-feira, 09, no estádio La Fortaleza, na Grande Buenos Aires. No tempo normal, o placar foi 2 a 1 para os argentinos, mesmo resultado da vitória cruz-maltina em São Januário. Nas penalidades, Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro marcaram os gols. Do lado argentino, Romero carimbou o travessão e foi o único dos dez batedores a perder.

 

Agora, nas quartas de final, o Corinthians, que eliminou o Emelec, é o rival cruz-maltino. A Conmebol ainda vai divulgar as datas dos confrontos, mas a segunda partida será no Pacaembu, pois o time paulista fez campanha melhor na fase de grupos.

 

Durante os 90 minutos, o Vasco viveu altos e baixos.  Nilton, escalado no lugar de Felipe, abriu o placar com um belo chute do meio da rua no primeiro tempo. Mas o time carioca recuou muito na segunda etapa, permitiu a virada e precisou disputar a vaga na marca da cal.

 

O técnico Cristóvão Borges optou por escalar uma formação mais defensiva para jogar na casa dos argentinos. Desta forma, Felipe foi o escolhido para ficar no banco de reservas e dar lugar a Nilton. Juninho começou entre os 11. Apesar de o time demonstrar mais dificuldade para sair com qualidade do campo de defesa para o ataque sem o camisa 6, o Vasco controlou bem a partida no início.

 

E coube ao escolhido de Cristóvão dar tranquilidade ao time. Aos 18 minutos, a zaga do Lanús cortou mal, Juninho pegou o rebote e tocou para Nilton. O volante pegou de primeira uma bomba (97km/h) que foi parar no canto direito do goleiro. Na comemoração, chorou.

 

- Fiquei quase um ano parado (cirurgia no joelho). Só quem esteve ao meu lado sabe da dificuldade que foi. Minha filha já tem quase um ano e eu não tinha feito um gol para ela ainda. Fui muito feliz no chute de longa distância. É uma emoção muito grande - disse Nilton na saída para o intervalo.

 

Apesar da necessidade do Lanús de correr em busca da vitória, o Vasco manteve maior posse de bola do que o adversário (51% ao fim do primeiro tempo) e levava perigo nos contra-ataques. Fagner teve boa chance pelo lado direito, mas se enrolou ao cortar para o meio dentro da área e tentar a finalização de perna esquerda. Diego Souza também teve a sua oportunidade. O camisa 10 balançou na frente do marcador e tentou surpreender com um chute colocado no ângulo, mas errou o alvo.

 

O Lanús pouco criou. Pavone e Camoranesi chegaram a ameaçar, mas Regueiro, que fez o gol em São Januário, novamente foi o mais perigoso. Nas costas de Fagner, o jogador do time argentino desviou de cabeça à direita do gol de Prass. Na primeira etapa, o Vasco finalizou sete vezes, enquanto os donos da casa chutaram seis.

O Lanús voltou do vestiário disposto a ir para o tudo ou nada e adotou uma postura mais ofensiva com a entrada de Teófilo Gutiérrez no lugar de Pizarro. O jeito que o time argentino arrumou foi cruzar bolas na área do Vasco. Renato Silva, Rodolfo e, principalmente, Nilton, iam afastando do jeito que era possível.

 

Mas o crescimento do Lanús, que já se refletia na inversão da vantagem da posse de bola (53% para os argentinos), resultou em gol. Aos 15 minutos, Valeri deu bom passe para Pavone, que, dentro da área, se livrou de Prass e mandou para a rede: 1 a 1. No lance, Regueiro puxou a camisa de Renato Silva, mas o árbitro não observou.

 

A pressão do Lanús ficou ainda maior, e a bola não parava de rondar a área vascaína. Valeri e Gutiérrez tiveram boas chances em bate-rebates dentro da área, mas não conseguiram finalizar bem. Neste momento, o Vasco se limitava a dar chutões na direção de Diego Souza e Eder Luis.

 

Diante do domínio do Lanús, Cristóvão colocou o volante Allan no lugar de Diego Souza para tentar deixar o meio de campo mais equilibrado. Os argentinos, no entanto, seguiram no ataque e sempre com perigo para a meta de Prass. Quem assustou o adversário pelo lado cruz-maltino foi Juninho em cobrança de falta que o goleiro Marchesín defendeu bem.

 

Aos 32 minutos, a pressão do Lanús surtiu efeito. Velázquez mandou uma bomba de fora da área, Prass deu rebote, e Gutiérrez só empurrou para o fundo do gol. Com a decisão indo para os pênaltis, Cristóvão apostou em Carlos Alberto e Felipe nos lugares de Eder Luis e Diego Souza, mas não havia tempo para muita coisa.

 

Na disputa das penalidades, o Vasco foi perfeito. Com o erro de Romero, coube a Alecsandro fazer a cobrança decisiva, estufar a rede e festejar que nem louco no alambrado com a torcida vascaína no La Fortaleza.

 

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