O maior problema é a ausência de Diego Hypólito na disputa, que reúne as seleções que ficaram entre a nona e a 16ª colocação no Mundial do Japão, realizado no ano passado, e distribui vagas para os quatro países melhores colocados. Duas vezes campeão do mundo no solo (2005 e 2007) e bronze na edição de Tóquio, Diego até chegou a participar dos treinamentos na Europa, mas voltou ao Brasil após sentir dores no ombro. Assim como Arthur Zanetti, prata nas argolas no Mundial, ele já tem vaga assegurada em Londres na prova individual.
Coordenador da seleção brasileira, Leonardo Finco admite que o astro fará muita falta:
- Isso sempre causa uma preocupação para todos, mas não temos o que fazer, são coisas do esporte. É um prejuízo matemático, mas temos que achar a melhor forma de suprir isso.
Como se não bastasse, outro ginasta experiente da equipe, Mosiah Rodrigues, será poupado e ficará na reserva porque sofreu uma entorse no pé durante a preparação na França. Desta forma, o Brasil será representado por Arthur Zanetti, Francisco Barreto, Petrix Barbosa, Sérgio Sasaki, Péricles Silva e Arthur Nory Mariano.
Para poder focar melhor o trabalho e se adaptar às condições da disputa, a comissão técnica optou por partir com os ginastas para o Velho Continente em 8 de dezembro. Ou seja, todos passaram as festas de fim de ano longe de familiares e amigos. Uma decisão pensada, segundo Finco:
- O Pan provou para os próprios atletas que, se eles seguirem bem, eles têm condições de conseguir essa vaga, que é a nossa principal meta neste ciclo olímpico. Por outro lado, porém, aquela conquista poderia dar a falsa sensação que tudo está certo e poderia gerar uma acomodação. Trabalhamos para que isso não acontecesse.
Para que a classificação de toda a equipe não fique para o Rio 2016, Leonardo aposta no “trabalho coletivo” diante de Grã-Bretanha, França, Espanha, Canadá, Itália, Bielorússia e Porto Rico (as três primeiras são consideradas pelo técnico Renato Araújo como favoritíssimas à conquista das vagas):
- (Sem o Diego) O papel dos demais ginastas é mostrar que tem condições de somar para o nosso país. Será difícil, mas não é impossível. Todos precisam competir muito bem, estarem perto da perfeição.
Além da disputa por equipes, o Pré-Olímpico de ginástica, que também é evento-teste da Olimpíada, dará uma vaga no individual geral por país. Pelo Brasil, devem tentar a classificação Sérgio Sasaki, Péricles Silva e Petrix Barbosa. As competições na capital inglesa começam às 13:45h (horário de Brasília).
Fonte: R7