"A arbitragem de uma partida consiste em três variáveis, física, técnica e disciplinar. Em duas delas, ele foi muito mal. O nível está cada vez mais alto e não podemos admitir este tipo de erros. Ele já está afastado por tempo indeterminado e passará por uma reciclagem para mostrar que pode voltar a atuar em jogos de grande porte. Semanalmente, ele terá que se apresentar na Federação para acompanhar vídeos e provar que está ciente das novas orientações", determinou o dirigente.
Sem qualquer preocupação em minimizar os estragos de Felipe, o diretor de arbitragem fez questão de pontuar os erros protagonizados por Felipe Gomes da Silva. Segundo Jorge Rabello, os equívocos tiveram influência direta no resultado da partida realizada em Macaé.
"No lance do segundo gol do Boavista, ele errou duas vezes. Na primeira, já teria que ter marcado o pênalti sobre o Sheslon. E na segunda, tinha que ter visto o jogador desviando a trajetória da bola com a mão e atrapalhando o goleiro do Flamengo. Isso foi só na parte técnica. Na parte disciplinar, ele se equivocou ao não expulsar o Tony na disputa de bola que acabou tirando o Willians da partida. São erros que influenciam diretamente no resultado", salientou Rabello, acrescentando.
"Mas gostaria de deixar bem claro que não estamos apenas avaliando estes lances. Ele não esteve bem durante toda a partida. Logo no primeiro lance, ele deixou de advertir um jogador do Boavista após um carrinho perigoso. Com isso, os jogadores interpretaram que ele seria benevolente com este tipo de jogada. Infelizmente, este erro acabou gerando outros", lamentou o diretor da comissão de arbitragem.
Por fim, Jorge Rabello descartou escalar Felipe Gomes da Silva em jogos do Flamengo novamente e pediu um pouco mais de paciência com o árbitro por ele ainda ser jovem e ter muito potencial.
"Por uma questão de bom senso, o Felipe não apitará mais jogos do Flamengo tão cedo. Não posso expor o rapaz. É um árbitro novo, de muito potencial, e que as pessoas também poderiam ter um pouco mais de paciência. A crítica tem tanta paciência com novos jogadores, novos técnicos. Por que não poderia ser assim com os nossos juízes", indagou Rabello.
Fonte: Uol