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giovanniA história já é famosa na Vila Belmiro. Quando Giovanni fazia sua segunda passagem pelo Santos, em 2005, levou o conterrâneo paraense Paulo Henrique Ganso para fazer testes na base do Peixe. O garoto surpreendeu, foi aprovado e contratado. Não só famosa, a história era bonita - o mentor e o pupilo, vindos do mesmo estado, vestindo a camisa do mesmo clube, na mesma posição.


Porém, quando Ganso subiu para o profissional, tudo mudou de figura. A amizade entre a família e o ex-jogador do Santos foi interrompida, basicamente, por causa de dinheiro. Giovanni, que tinha recebido 7,5% dos direitos da jovem revelação, foi informado que esse percentual seria em relação aos 10% pertencentes ao atleta, e não aos 100%. Ou seja, se Ganso fosse vendido hoje, seu ex-mentor receberia apenas 0,75% do valor total da transação.


Até hoje, o "Messias", como foi apelidado pela torcida do Peixe, não se conforma com isso. Em entrevista ao jornal "O Liberal", disse que não entrará na Justiça, mas que se não for para receber 7,5%, prefere não receber nada. Giovanni afirmou que ainda se preocupa com Ganso e com a forma que sua carreira vem sendo gerida pelo grupo DIS.


- Temo pelo futuro dele. Pelas suas atitudes e pelas de quem o gerencia. Ele pode acabar em um time da segunda divisão da Espanha - disse o ex-jogador.

Giovanni não escondeu a decepção com a família do camisa 10 do Santos. Revelou que a relação com eles é sempre fria e praticamente inexistente. Quando jogaram juntos no clube, em 2010, o clima chegava a ser constrangedor, com os dois pouco se falando, e não só por causa do jeito tímido do ex-jogador.


Hoje, aos 40 anos, Giovanni vive no Pará. Recentemente abriu o Fisio-10, centro de fisioterapia, em Belém, e é empresário de atletas. Com uma boa poupança feita ao longo dos 20 anos de sua carreira como atleta de Santos, Barcelona, Olympiacos e outros, o ex-atleta é contundente quando diz que não vai mudar de ideia sobre brigar por seus direitos na Justiça.


- Minha família me educou assim, me ensinou a ter ética. Se alguém me diz uma coisa, principalmente se for meu amigo, eu não preciso de contrato assinado para provar nada.



Globo Esporte