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Apesar de bons momentos na Copa do Mundo da Rússia e de não ter passado vexame na eliminação diante da Bélgica nas quartas de final, o planejamento desenvolvido pela comissão técnica mostrou falhas dentro e fora de campo. Veja sete motivos para a seleção brasileira não ter conquistado o hexacampeonato:

Sem título

Tite deve continuar como técnico do Brasil.© Wilton Junior/Estadão Tite deve continuar como técnico do Brasil.

  1. Superproteção a Neymar.
    A defesa veemente de Neymar em todas as situações – individualismo e choro dentro de campo, e privilégios como sair para jantar com a namorada e hospedar o pai no mesmo hotel da seleção – foi considerada por dirigentes da CBF um erro fatal. O craque nunca foi decisivo como se esperava.
  2. Muita liberdade.
    Alguns jogadores trouxeram, além de parentes, amigos que fizeram muita bagunça. O fato de terem ficado próximos registrou aspectos negativos, como o treinamento fechado filmado por um colega de Gabriel Jesus. O atacante deixou a desejar contra a Bélgica. Não marcou um golzinho.
  3. Concentração longe.
    Apesar de a infraestrutura de Sochi ter sido considerada uma das melhores, pela qualidade dos campos de treino e dependências, o fato de o Brasil não ter jogado um jogo sequer na cidade mostrou que a escolha não foi a mais correta.
  4. Intensidade dos treinos.
    A opção por treinos fortes, intensos, com os atletas se entregando como se estivessem disputando um jogo, foi demais. Vários jogadores se machucaram ou sentiram contusões.
  5. Falta de controle.
    Por mais que Tite e seus pares de comissão técnica tenham negado, foi visível que a seleção demonstrou falta de controle emocional durante a Copa do Mundo.
  6. Ausência de um líder.
    O rodízio de capitães mostrou que a seleção não tem um líder claro, que possa tomar as rédeas dentro do grupo e mesmo xternamente, em momentos mais complicados. A desculpa de Tite de que o grupo tem vários tipos de liderança foi entendida como falha no trabalho de formar um verdadeiro líder.
  7. Insistência com atletas.
    Tite manteve no time o volante Paulinho, desgastado por não ter tido férias, e Jesus, que não fez gol na Copa. Firmino, apesar de render bem, não foi efetivado. Willian também não se saiu bem, exceto contra o México. Todos foram mal.

A Seleção Brasileira lutou, criou chances, mas não conseguiu virar o placar diante da Bélgica, que abriu 2 a 0 no primeiro tempo. Na frente a partir de uma infelicidade de Fernandinho, que fez gol contra de cotovelo, os belgas exploraram muito bem os contra-ataques e aumentaram com Kevin de Bruyne. O Brasil até diminuiu, com Renato Augusto, no segundo tempo, após belo passe de Coutinho, mas parou por aí.

O primeiro dia de quartas de final da Copa do Mundo não foi feliz para os sul-americanos no geral. O outro representante do continente, o Uruguai, também caiu ao perder por 2 a 0 para a França. Sendo assim, este será o quarto Mundial seguido vencido por uma equipe europeia.

belgica

BRASIL ELIMINADO

O sonho do hexa foi adiado. A Seleção Brasileira perdeu por 2 a 1 para a Bélgica, em Kazan, e foi eliminada da Copa do Mundo da Rússia. Os europeus abriram o placar com gol contra de Fernandinho, em escanteio da direita da defesa, e Kevin de Bruyne aumentou ainda no primeiro tempo, completando contra-ataque mortal puxado por Romelu Lukaku. Esta foi a primeira partida sob o comando de Tite que o Brasil sofreu dois gols. Apesar disso, a equipe seguiu pressionando, criando chances e diminuiu, aos 31 do segundo tempo, com Renato Augusto, mas foi só.

 

msn

fraçurugA Copa do Mundo da Rússia conheceu a sua primeira seleção semifinalista durante a tarde desta sexta-feira. Em Níjni Novgorod, apesar da aclamada defesa do Uruguai, a talentosa e jovem equipe da França dominou o jogo e o venceu por 2 a 0, com gols de Raphael Varane e Antoine Griezmann.

Sem contar com o lesionado Edinson Cavani, herói da vitória sobre Portugal, a Celeste não manteve a força ofensiva com o substituto Cristhian Stuani, que fez companhia ao isolado Luis Suárez no ataque. Desse modo, liderados por Griezmann, os europeus aproveitaram para abrir o placar no primeiro tempo e ampliá-lo contando com uma grave falha do goleiro Fernando Muslera na etapa complementar.

De volta às semifinais da Copa do Mundo após 12 anos, os “Bleus” enfrentarão o vencedor do confronto entre Brasil e Bélgica. O duelo por uma vaga na decisão está marcado para a próxima terça-feira, às 15 horas (de Brasília), em São Petersburgo.

O bicampeão Uruguai, por sua vez, se despede do torneio e provavelmente do técnico Óscar Tabárez, por quem é dirigido desde 2006 e que deve encerrar o seu ciclo na seleção após ser diagnosticado com uma rara doença que afetou seus nervos e músculos.

França domina e sai na frente

O Uruguai começou ligeiramente melhor, chegando com perigo em cruzamentos por ambas as laterais. Aos 13 minutos, o goleiro francês Lloris foi exigido em cabeçada de Giménez após cobrança de escanteio.

Foi a França, no entanto, quem criou a primeira chance clara de gol na partida. Aos 15 minutos, após bola levantada na área, Giroud ajeitou para o meio e encontrou Mbappé livre. O jovem atacante, porém, errou o cabeceio e mandou por cima da meta de Muslera.

A partir de então, trocando passes rápidos, os europeus passaram a ter o controle da partida e abriram o placar aos 40 minutos. Em cobrança de falta, Griezmann levantou a bola na área, Varane ganhou de Stuani por cima e desviou de cabeça, sem chances para Muslera.

Pouco depois, em jogada parecida, o Uruguai quase empatou a partida. Após bola levantada na área, Cáceres testou no canto direito de Lloris, que se esticou todo para evitar o gol. No rebote, Godín isolou por cima na última chance da Celeste antes do intervalo.

França conta com ‘frango’ para garantir vaga

O Uruguai voltou para a etapa complementar tentando pressionar, mas sem atacar de maneira consistente. Em busca do empate, Óscar Tabárez promoveu duas mudanças simultâneas: entraram Maximiliano Gomez e Cristian Rodríguez nas vagas de Stuani e Bentancur.

Logo em seguida, contudo, o treinador uruguaio viu a situação ficar ainda mais crítica. Aos 16 minutos, após contra-ataque, Griezmann recebeu na intermediária e arriscou. A bola foi em cima de Muslera, mas o experiente goleiro espalmou para dentro do próprio gol.

Com a boa vantagem da França, o jogo ficou nervoso. Mbappé tocou de letra no campo de defesa uruguaio e foi levemente atingido pelo braço de Cristian Rodriguéz, instaurando uma pequena confusão entre os jogadores. Passado o tumulto, o atacante europeu e o meia sul-americano foram advertidos com cartão amarelo.

O segundo gol abateu veementemente o ímpeto uruguaio, que deixou de atacar de forma consistente. Na base do abafa, os comandados de Tabárez não conseguiram ameaçar a meta de Lloris. A França, por sua vez, valorizou a posse de bola para administrar o placar e confirmar a vaga nas semifinais da Copa.

FICHA TÉCNICA

URUGUAI 0 X 2 FRANÇA

Local: Estádio de Níjni Novgorod, em Nizhegorodskaya (Rússia)

Data: 6 de julho de 2018 (sexta-feira)

Horário: 11 horas (de Brasília)

Árbitro: Néstor Pitana (Argentina)

Assistentes: Hernan Maidana (Argentina) e Juan Pablo Belatti (Argentina)

Público: 43.319 torcedores

Cartão Amarelo: Rodrigo Bentancur e Cristian Rodríguez (Uruguai);Lucas Hernández e Kylian Mbappé (França)

Cartão Vermelho: –

Gols:

FRANÇA: Raphael Varane, aos 40 minutos do 1º tempo, e Antoine Griezmann, aos 16 minutos do 2º tempo

URUGUAI: Fernando Muslera; Martin Cáceres, José Giménez, Diego Godín e Diego Laxalt; Lucas Torreira, Matías Vecino, Nahitan Nández (Jonathan Urretaviscaya), Rodrigo Bentancur (Cristian Rodríguez) e Cristhian Stuani (Maximiliano Gomez); Luis Suárez

Técnico: Óscar Tabárez

FRANÇA: Hugo Lloris; Benjamin Pavard, Raphael Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández; N’Golo Kanté, Paul Pogba e Corentin Tolisso (Steven N’Zonzi); Antoine Griezmann (Nabil Fekir), Kylian Mbappé (Ousmane Dembélé) e Olivier Giroud

Técnico: Didier Deschamps

 

gazeta

Foto: Johannes Eisele/AFP

França e o Uruguai se enfrentam pelas quartas de final da Copa do Mundo nesta sexta (6), às 11h, na Arena em Nizhny Novgorod, a 420 km de Moscou. O vencedor do duelo entre a campeã do mundo de 1998 e a seleção bicampeã em 1930 e 1950 vai para as semifinais enfrentar o Brasil ou a Bélgica, que jogam às 15h.

O certo é que mais um campeão do mundo, após Alemanha, Espanha e Argentina, vai voltar para casa. As duas seleções estão invictas na Copa do Mundo deste ano e com campanhas semelhantes.

O Uruguai tem quatro vitórias: derrotou o Egito e a Arábia Saudita por 1 a 0, ganhou da Rússia por 3 a 0, esses três jogos na fase de grupos; e também venceu Portugal por 2 a 1, nas oitavas de final. Os uruguaios marcaram sete gols e levaram apenas um.

A defesa eficiente tem sido um dos principais destaques da equipe. No ataque, Edinson Cavani, com três gols na Copa, e que saiu machucado na partida contra Portugal, e Luis Suarez, com dois gols, são as referências do Uruguai, que sonha com o tri. 

Na fase de grupos, a França venceu a Austrália por 2 a 1 e o Peru por 1 a 0. Os franceses empataram com a Dinamarca sem gols. Nas oitavas de final, fez jogo épico contra a Argentina e ganhou por 4 a 3. Nessa partida, o atacante Mbappe, de 19 anos, fez a diferença, marcou dois e sofreu pênalti. Ele já tem três gols na Copa. Giroud e Griezmann também foram acionados. No meio, Pogba conseguiu achar espaço. Os franceses têm novo desafio contra um sul-americano e, se passarem, podem encontrar outro adversário do continente, o Brasil.

Tabu francês

Será o quarto encontro entre as seleções em Copas do Mundo. No mais recente, em 2010, as equipes empataram sem gols na primeira fase do Mundial. Naquele ano, a França foi eliminada com apenas um ponto. Zero a zero também foi o placar em 2002 na fase de grupos. Naquele ano, as duas seleções foram embora. Em 1966, houve um ganhador: o Uruguai venceu por 2 a 1 e mandou a França para casa.  Em comum, nas três vezes em que se enfrentaram, nunca os europeus foram para a próxima fase quando encontram os sul-americanos.

Ficha do jogo

França x Uruguai

6 de julho, às 11h

Arena em Nizhny Novgorod

 

Agência Brasil