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Corinthians e Vasco não obtiveram sucesso no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) em relação à contestação sobre as mudanças de datas dos jogos de volta da semifinal da Copa do Brasil. No julgamento realizado nesta sexta-feira, houve uma decisão unânime que dá razão à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) sobre a modificação na tabela do torneio.

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Relembre a discussão

Os jogos estavam previstos inicialmente para acontecer no dia 16 de outubro (quarta-feira), mas foram adiados pela CBF para os dias 19 (sábado) e 20 (domingo) com o aval de Flamengo e Atlético-MG. Corinthians e Vasco contestaram veementemente a decisão.

O principal argumento da diretoria do Timão é que o time será prejudicado no Campeonato Brasileiro, já que o jogo contra o Athletico-PR foi adiantado para o dia 17 de outubro (quinta-feira), dois dias depois do encerramento da data Fifa.

"Foi a coisa mais absurda que eu já vi na minha vida, eles estão rasgando o regulamento deles. Eu fui até a reunião da CBF, e foi definido mando de campo e datas, nós nos programamos dentro disso. Quando surgiram comentários na internet, nós notificamos a CBF, liguei para o Ednaldo, liguei para ele, ele disse que estava em uma reunião e me retornaria. Estou até esperando a ligação até agora. A nova data é um absurdo. O mando de campo é nosso, nós que tínhamos que comentar algo se precisasse. O mínimo era chamar os quatro clubes, dar uma diretriz, uma solução. Nós também temos jogadores pré-convocados, mas é questão de logística. Isso é um prejuízo enorme para o Corinthians e para o torcedor. O Corinthians merece respeito da CBF. Não tiveram esse respeito conosco", disse o presidente Augusto Melo no dia 29 de setembro.

Em nota oficial, a CBF argumentou que as mudanças de data se deram por conta da "elaboração e ajustes do calendário, que buscam sempre o aperfeiçoamento e a promoção permanente do futebol brasileiro, e em respeito aos princípios do equilíbrio técnico e mérito esportivo" e para "reproduzir a experiência anterior bem-sucedida com a modificação dos jogos das fases finais da Copa do Brasil para o fim de semana, permitindo aos clubes participantes condições igualitárias, após a data FIFA do dia 15 de outubro, para que empreguem força máxima, utilizando e recuperando os atletas convocados para as suas Seleções Nacionais, o que valoriza a disputa esportiva nessa fase aguda e decisiva da Competição."

Corinthians e Vasco alegavam que, segundo o Regulamento Geral de Competições, perder atletas por data Fifa não é motivo para mudança de dia de jogo, e as partes que podem pedir alteração de data de uma partida são: clube mandante, federação mandante ou detentor dos direitos de transmissão.

Nos jogos de ida da semifinal, o Flamengo venceu o Corinthians por 1 a 0 no Maracanã, enquanto o Galo bateu o Vasco por 2 a 1 na Arena MRV.

Gazeta esportiva

A CBF anunciou na tarde desta sexta-feira que o meia Matheus Pereira, do Cruzeiro, foi convocado pelo técnico Dorival Júnior para defender a Seleção Brasileira na próxima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, quando o Brasil enfrentará o Peru. O atleta de 28 anos irá substituir Lucas Paquetá, que recebeu cartão amarelo diante do Chile e está suspenso.

Após a vitória contra os chilenos, o técnico Dorival Júnior revelou que Matheus Pereira estava no radar da Seleção, podendo ser convocado para as próximas Datas Fifa. Porém, o jogador do Cruzeiro foi chamado ainda neste mês de outubro.

O jogo entre Brasil e Peru será no estádio Mané Garrincha, em Brasília, onde o meia da Raposa irá se apresentar. As equipes se enfrentam nesta terça-feira, às 21h45 (de Brasília).

Veja a nota oficial da CBF anunciando a convocação de Matheus Pereira:

"Matheus Pereira, do Cruzeiro, foi convocado nesta sexta-feira (11) para a Seleção Brasileira, que enfrenta o Peru, na terça-feira (15), em Brasília, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

Ele foi chamado para o lugar de Lucas Paquetá, do West Ham, da Inglaterra. O atleta terá que cumprir suspensão após receber no Chile o segundo cartão amarelo na competição.

Na quinta-feira (10), o Brasil venceu, de virada, o Chile por 2 a 1, em Santiago. A Seleção desembarca no início da noite desta sexta-feira em Brasília, local do jogo contra os peruanos".

gazeta esportiva

O São Paulo não obteve sucesso na tentativa de anular a derrota para o Fluminense. Nesta sexta-feira. o Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu não atender a solicitação do time paulista, que alegou um erro de direito no duelo disputado no dia 1º de setembro, no Maracanã.

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Os nove votos dos auditores do STJD seguiram a linha da manutenção do resultado. A votação no plenário foi realizada após as defesas dos clubes e dos árbitros envolvidos no embate terem se pronunciado.

"Foi a decisão que a gente esperava, o pedido era sem fundamento esportivo e jurídico. Não acho que houve erro de direito, mas de aplicação da regra. No depoimento, o árbitro deixou claro um erro de comunicação. O erro não trouxe relevância para o andamento da partida", disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, em entrevista à ESPN.

O dirigente do clube carioca considera o resultado do julgamento fundamental para o futuro do Brasileirão. "Se formos trazer ao tribunal cada erro que acontecer com os árbitros, o campeonato não vai terminar", emendou.

A tensão entre São Paulo e Fluminense teve início após o jogo da 25ª rodada do Brasileirão, em que o Tricolor foi derrotado por 2 a 0. Após o duelo, a diretoria do clube paulista acionou o STJD por entender que houve erro de direito em uma decisão do árbitro Paulo César Zanovelli.

O árbitro do confronto confirmou o primeiro gol do Fluminense após dar vantagem em um lance de falta, deixando de lado uma ajeitada de mão do zagueiro Thiago Silva na origem da jogada.

Um dos principais pontos é que Zanovelli foi chamado pelo VAR para revisar o lance e poderia ter corrigido o erro que o Tricolor paulista alega. No entanto, em análise divulgada posteriormente, o juiz explicou que deu a vantagem no lance e manteve a decisão do gol.

O São Paulo, então, foi ao STJD pedindo a anulação da partida, mas acabou não obtendo sucesso. Já Paulo César Zanovelli, que havia sido suspenso por 15 dias, obteve efeito suspensivo no Tribunal na última quinta-feira e pode voltar a apitar normalmente.

A ida do São Paulo ao STJD gerou atrito entre as diretorias dos dois clubes. Mário Bittencourt criticou a atitude do time paulista e Casares rebateu, dizendo que "tiveram times que subiram para a divisão especial passando por cima da regra que foi estabelecida no campo" - fazendo referência ao fato do Fluminense ter subido da Série C direto para a A em 2000.

Mário Bittencourt, então, retrucou as declarações de Casares e mencionou o caso de Sandro Hiroshi. No Brasileirão de 1999, Hiroshi adulterou sua data de nascimento e, por ter sido escalado contra o Botafogo, o São Paulo foi punido pelo STJD com a perda dos três pontos conquistados na vitória.

Agora, resta saber se a situação entre São Paulo e Fluminense será encerrada com a decisão do STJD, ou se as coisas continuarão tensas fora de campo.

Foi no sufoco, mas o Brasil conquistou três pontos importantes nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Saindo atrás do placar desde o primeiro minuto – Vargas marcou para os chilenos – a seleção teve mais uma apresentação pífia, mas conquistou a virada no fim por 2 a 1, nesta quinta-feira, pela nona rodada, no estádio Nacional de Santiago, no Chile. Os botafoguenses Igor Jesus e Luiz Henrique balançaram as redes para o Brasil, salvando a pele de Dorival Júnior.

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A apresentação não foi das melhores mais uma vez, mas foram importantes os três pontos que levaram o Brasil ao quarto lugar na tabela de classificação das Eliminatórias, com 13 pontos, Manteve-se o futebol pobre, com pouco repertório e sem soluções táticas. Mas o poder de decisão de Igor Jesus, em grande fase, e a ousadia de Luiz Henrique, salvaram a pragmática seleção.

As estrelas, como Rodrygo, decisivo em seu clube, o Real Madrid, se mantiveram apagadas – por responsabilidade própria e também por causa da pobreza tática e técnica dessa equipe.

Em Santiago, foi previsível e improdutiva a seleção brasileira, repetindo atuações abaixo da média que havia feito sob o comando de Dorival e outros técnicos. O time, por vezes, acelerou muito e pensou pouco. Foi afoito e em alguns momentos desesperado, provavelmente pela necessidade do resultado positivo, que enfim veio e deu alívio aos jogadores e à comissão técnica.

Diante do Chile, freguês histórico, o Brasil saiu vencedor, mas não foi soberano. A seleção chilena atual é valente, mas bastante limitada, tanto que só ganhou uma vez nas Eliminatórias e tem a segunda pior campanha do torneio, com cinco pontos. Mesmo assim, segurou os brasileiros por algum tempo e até exerceu certo domínio em parte do duelo.

IGUAIS O duelo mal começou e o Brasil saiu atrás do placar. Após cruzamento da direita, Vargas cabeceou livre e encobriu o goleiro Ederson. O gol cedo desestabilizou a seleção, que não conseguia se comunicar em campo, acumulando erros de passes e tomadas de decisões, além de sofrer com a bola aérea chilena.

Bem marcado, Rodrygo era o principal articulador em campo e acionava sempre Raphinha e Savinho nas pontas. Era pelos lados que a seleção mais levava perigo. Igor Jesus por pouco não deixou tudo igual, desviando na primeira trave. Na segunda tentativa, o atacante do Botafogo balançou as redes. Savinho cruzou da direita e o centroavante se antecipou para testar para o gol, já aos 45 minutos.

VIRADA NO FIM

Na segunda etapa, o Brasil voltou mais concentrado. Dominando na posse de bola, trocava mais passes, mas tinha dificuldade para furar a retranca do Chile. Quando conseguiu quebrar as linhas, Raphinha chegou a virar o placar, porém o atacante estava em posição irregular.

O tempo passava, o Brasil acumulava 70% de posse de bola, mas sem nenhuma projeção ofensiva e não incomodava o goleiro chileno. Quando teve um pouco mais de coragem, a individualidade fez a diferença. Luiz Henrique recebeu na direita, puxou para o meio e bateu colocado para virar a partida e decretar a vitória brasileira.

AGENDA

O Brasil volta a campo na terça-feira, às 21h45, no estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF), diante do Peru. A próxima e última data-Fifa de 2024 acontece na metade de novembro, com o Brasil atuando diante da Venezuela, fora de casa, e fecha o ano diante do Uruguai, em solo brasileiro.

Futebol interior

Foto: Rafael Ribeiro/CBF