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O Brasil experimentou nos últimos anos um quadro favorável ao consumo da população. Em 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) ultrapassou o valor de quatro cozinha9112012trilhões de reais, a renda da classe média aumentou e atingiu R$ 1019,00 e a taxa de desemprego caiu. Com tanto dinheiro circulando pelo mercado, não é de se espantar que os serviços ligados ao consumidor final se esforcem para acompanhar o crescimento econômico.

 

Em paralelo a este movimento, a gastronomia foi ganhando novos espaços e conquistando os paladares dos brasileiros. Diversas cozinhas adentraram no mercado e atraíram bocas curiosas daqueles que passaram a reconhecer a culinária como um bem de serviço disponível para quem quisesse.

 

“Na verdade, a cozinha deixou de ser um simples restaurante e uma necessidade física. Hoje, há outro sentido por trás disso: é o sentido de ter prazer, de degustar uma boa comida, de interagir com os amigos”, garante Ronie Peterson Costa, avaliador líder da ocupação cozinha, na Olimpíada do Conhecimento. “A gastronomia se tornou hobbie. Para atender esta demanda, é preciso pessoas qualificadas que despertem a emoção de saborear um bom prato”, completa.

 

É por esta razão que o segmento de alimentação lidera o ranking de ocupação com maior demanda de profissionais. Dados do Mapa do Trabalho Industrial, divulgado pelo SENAI, aponta que trabalhadores da indústria alimentícia serão responsáveis pela geração de mais de 174 mil vagas no mercado.

 

Mas, engana-se quem acha que só saber cozinhar basta para investir na carreira. “Em qualquer profissão, a dica é a mesma: é preciso gostar muito do que se faz. Um cozinheiro trabalha muito em horários que, para a maioria das pessoas, é de diversão, o ambiente é quente, gorduroso, agitado. O esforço é muito grande”, afirma Ronie.

 

Ainda assim, há os apaixonados que topam investir na profissão e se doam em período integral, como o caso da Gabriela Rabelo, de 20 anos. Aluna do SENAI, ela irá competir na Olimpíada pela ocupação cozinha industrial e garante: “o bom cozinheiro não pode fazer só o que gosta, tem que saber fazer tudo e bem feito. Minha paixão é a confeitaria, mas hoje consigo cozinhar coisas que antes não gostava, como carnes”.

 

“Meu sonho é ter um hotel fazenda, ir para a França estudar confeitaria, conhecer o Alex Atala e Joan Roca”, finaliza Gabriela. Para Ronie, Gabriela está no caminho certo, afinal, ainda que o mercado gere muitos empregos no setor, é preciso investir em conhecimento. “A cozinha industrial sempre existiu, mas o que conta agora é a modernização pela qual passou, o carinho com o alimento, a preocupação com a qualidade”, conclui.

 

G1