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Os professores da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) recusaram a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado. Em assembleia geral realizada nesta quinta-feira, 21, em Teresina, a categoria decidiu apresentar contraproposta ao Executivo.


Os docentes fazem pressão com "cartas" dadas pelo próprio governador Wilson Martins (PSB). No final do mês de maio, durante audiência no Palácio de Karnak, Martins garantiu que a proposta a ser apresentada equipararia o piso do professor especialista 20h da UESPI com o que recebe o professor das universidades estaduais do Ceará.


Entretanto, o documento apresentado destoou dessa realidade. O governo sugeriu um reajuste igual ao que será concedido aos servidores estaduais acrescido de 5%. O problema é que o percentual do aumento linear para todas as categorias ainda é desconhecido.


Em nota, a Associação dos Docentes da UESPI se diz "decepcionada" com o rumo das negociações. A possibilidade de a greve ser retomada é concreta. "Tendo em vista o recuo do governo, os docentes já preparam o retorno do movimento para o dia 6 de agosto (data de início do segundo semestre letivo), caso não seja fechado acordo até lá", informa a entidade.


Na contraproposta, a categoria vai cobrar exatamente o que foi sinalizado pelo governador em maio: equiparar o piso da UESPI com o dos professores das estaduais do Ceará. Na pauta original, os professores defendiam um piso de R$ 2.324,00, valor baseado em cálculos do DIEESE.




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