Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão divulgados no dia 13 de fevereiro de 2023. Já os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados às 18h desta quarta-feira (23). O cronograma foi divulgado hoje (21) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Enem foi aplicado nos domingos dias 13 e 20 de novembro em mais de 1,7 mil municípios para cerca de 2,5 milhões de estudantes.
Os gabaritos poderão ser acessados no portal do Inep. Já os resultados finais, na Página do Participante.
Mesmo com os gabaritos das provas em mãos, ainda não será possível saber qual foi a nota da prova. Isso porque o Enem utiliza como método de correção a teoria de resposta ao item (TRI). As notas variam de acordo com os acertos e erros dos estudantes em cada prova.
O espelho da redação, com os detalhes das correções dessas provas serão divulgados apenas em abril, junto com as notas dos participantes treineiros, ou seja, daqueles que ainda não concluíram o ensino médio e fizeram o exame apenas para testar os conhecimentos. O tema deste ano foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil".
Após a divulgação dos resultados do Enem serão abertas as inscrições para os processos seletivos que utilizam a avaliação como forma de ingresso no ensino superior, em data ainda a ser divulgada.
O Enem seleciona estudantes para vagas do ensino superior público, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e serve de parâmetro para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados também podem ser usados para ingressar em instituições de ensino portuguesas que têm convênio com o Inep.
Na segunda-feira, 21, serão abertas as inscrições para a chamada pública com 350 vagas em cursos técnicos de seis campi do Instituto Federal do Piauí (IFPI). As vagas são para quem vai cursar, em 2023, o ensino médio em outra instituição ou para quem tiver concluído o ensino médio até a data da matrícula.
As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 18 de dezembro, no endereço eletrônico selecao.ifpi.edu.br. No formulário de inscrição, o candidato deve inserir a média final de Língua Portuguesa e de Matemática, na forma estabelecida no edital, conforme a forma de ensino (concomitante ou subsequente) escolhida.
Obrigatoriamente, os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas passarão por um procedimento de heteroidentificação, que consiste em uma análise a ser realizada por uma Banca de Validação de Autodeclaração Étnico-racial.
A seleção será feita pelo rendimento escolar nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, de acordo com as médias registradas no ato da inscrição.
Sendo comemorado na data da morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo da luta e resistência dos negros escravizados, o Dia da Consciência Negra (20 de novembro) simboliza a reflexão sobre a importância da ancestralidade dos povos africanos no Brasil. A Universidade Estadual do Piauí (UESPI) apoia a educação que valoriza todas as pessoas sem qualquer tipo de distinção.
A pesquisa científica, além de um dos pilares da universidade pública, é um importante aliado no desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos. Dentre as pesquisas realizadas na instituição, o projeto de pesquisa “As Manifestações Culturais das Comunidades Quilombolas Custaneira/Tronco: Um Estudo Folkcomunicacional” é uma iniciativa da professora Jaqueline Torres, do curso de Jornalismo em Picos, que surge a partir da necessidade de observação e compreensão da visibilidade e valorização cultural da infância quilombola. Com o objetivo de estudar os processos folkcomunicacionais que ocorrem no interior de comunidades quilombolas Custaneira/Tronco na cidade de Paquetá do Piauí, a iniciativa surgiu a partir da pesquisa de doutorado da docente que abordava o processo de socialização das crianças quilombolas. Para a professora, no âmbito do jornalismo, estudos como esse são importantes para criar, nos futuros jornalistas, a ciência da alteridade.
“Essas pesquisas contribuem para o conhecimento e a propagação sobre os processos folkcomunicacionais presentes nas comunidades quilombolas além de aumentar a visibilidade dessas comunidades junto à sociedade de um modo geral. Esses discentes, enquanto futuros profissionais da comunicação precisam se colocar no lugar do outro, conhecê-lo, ouvi-lo para poder escrever. E entendemos que a comunidade é o ambiente propício para aprender tais habilidades”, destaca.
Inicialmente o PIBIC 2021/2022, passou a ser um projeto de extensão 2022/2023 por se tratar de um trabalho etnográfico que exige a experiência de se inserir em campo englobando a retratação de diários de campo, registros fotográficos e entrevistas, além da grande demanda de inscrições dos alunos.
Lara Lopes, aluna do 3° período do curso Jornalismo em Picos, ressalta que as comunidades Custaneira/Tronco já acolhiam a equipe de pesquisa desenvolvida por Janaína Alvarenga e Luciano Figueiredo, também professores da UESPI de Picos, abrindo meios para um desmembramento possibilitando o surgimento dos microprojetos. “Dentre esses microprojetos é iniciada a pesquisa etnográfica com as crianças quilombolas das comunidades Custaneira/Tronco, onde durante a realização do evento anual Encontro de casas de Terreiros de Comunidades Quilombolas é realizada uma oficina de leitura e apresentada a obra O Pequeno Príncipe Preto”.
A obra consiste em uma releitura que pauta a representatividade das raízes africanas no povo negro do Brasil, que por conta de uma estrutura discriminatória inviabiliza o acesso da população a obras de conteúdos de valorização e representatividade negra. A abordagem literária consistiu na apresentação da história juntamente a teatralização dela por meio de “dedoches” customizados artesanalmente com material reciclado coletado no próprio campus pelos alunos envolvidos. A oficina contou com a colaboração de 10 alunos do segundo período do curso de Jornalismo, sendo elaborada com uma linguagem simples e interativa visando prender a atenção das crianças.
“A importância dessas abordagens acadêmicas para cultura de valorização das comunidades quilombolas é a própria aproximação social e humanitária, a troca de experiências e respeito, que por sua vez desmistificam preconceitos e promovem maior compreensão da estrutura comportamental e cultural dos costumes que hoje massivamente se entendem como brasileiro, sem se dar conta da grande parcela de contribuição da cultura negra como amplamente formadora também de saberes de diversas áreas”, finaliza a aluna.
A coordenação institucional do PROFMAT/CCN/UFPI, após pedidos de revisão, análise e indeferimento dos mesmos, torna pública a lista de notas individuais do Exame Nacional de Acesso ao PROFMAT.