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O Governo do Estado vai convocar professores concursados para substituírem os grevistas e retomada imediata das aulas na rede estadual de ensino. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 10,  pelo secretário de Educação, Átila Lira (foto), após decisão do movimenta grevista de manter a paralisação por tempo indeterminado. “Reconhecemos o direito de greve dos trabalhadores, mas atila1há limites nesse direito, sobretudo diante do direito maior que é o da educação”, disse Átila.


Segundo o secretário, o governo foi bastante tolerante e flexível, esteve o tempo todo negociando e ofereceu uma proposta que atendia praticamente a totalidade das reivindicações da categoria. “Infelizmente, não houve flexibilização por parte do movimento e a greve já causou demasiados prejuízos aos estudantes. Diante da intransigência, somos obrigados a adotar medidas que garantam a retomada das aulas na rede estadual”, observou o secretário.

“Respeitamos a categoria e temos a Educação como prioridade. Por isso mesmo não podemos deixar crianças e jovens serem prejudicados por uma greve que já ganhou um viés político. Diante disso estamos fazendo levantamento e, já a partir desta sexta-feira, vamos começar a chamar os substitutos para voltarmos à normalidade na próxima semana. Vamos começar chamando os professores do terceiro ano por conta do vestibular", afirmou Átila Lira.
 

A greve está restrita basicamente a uma parte de das escolas de Teresina. No interior, a quase totalidade das escolas está com 100% das atividade. A Seduc está concluindo levantamento para identificar quais os professores que não estão trabalhando, para que sejam substituídos imediatamente. A partir desta sexta, serão chamados os professores concursados, que assumirão as vagas dos grevistas como substitutos.
 


Além disso, a Seduc está adotando outras medidas, como o corte do ponto dos faltosos, bem como a abertura de processo administrativo por abandono de emprego.


Proposta do governo já garantia piso aos professores
As principais reivindicações dos professores já tinham sido atendidas pelo governo do Estado, como um reajuste linear de 22% para toda a categoria. “Não há nenhum motivo para a manutenção da greve”, destacou o secretário Átila Lira. Ele observa que poucos estados ofereceram uma proposta tão ampla para os professores como a que foi feita no Piauí.
 
 

O secretário lembra que a lei federal obriga que se dê um aumento de 22% para os professores com salário abaixo do piso nacional, de R$ 1.451. “Isto já estava assegurado desde que aprovamos a lei na Assembléia Legislativa!”, ressalta Atila.  Ele lembra que o governo foi bem mais além quando ofereceu uma proposta com reajuste linear de 22% para toda a categoria.
 


“Da parte do governo, foi uma demonstração de flexibilidade e compromisso com a educação. Inexplicavelmente, o movimento rejeitou e resolveu manter a greve”, destacou. O reajuste gera um impacto de R$ 84 milhões nas contas do estado, em 2012, colocando o Piauí bem próximo dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
 

Veja as principais medidas adotadas para retomada das aulas
Para assegurar a retomada das aulas em toda a rede estadual de ensino, o Governo do Estado adotou uma série de medidas urgentes. A principal delas é a convocação de professores substitutos para o lugar dos grevistas faltosos. São três as medidas de mais impacto:


1- Imediata contratação de professores concursados para substituição dos faltosos;

2- Descontos no Ponto-Salário dos servidores que não retornarem ao trabalho e a abertura de processo de abandono de emprego;

3- Procedimentos administrativos para responsabilizar os funcionários que não cumprirem suas obrigações.
 
 
 
Piaui.pi