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Participar ativamente da vida escolar das crianças e adolescentes pode trazer mais resultados do que se imagina. Segundo a professora do Departamento de Educação da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Ângela Maria Costa, experiências internacionais de sucesso mostram que a presença constante da família na escola incentiva notas melhores e, consequentemente, melhores posições do país em rankings de qualidade da educação.

 

- Em Xangai, na China, os pais estão permanentemente em contato com os professores e o diretor da escola. O professor também vai à casa das crianças para conhecer o ambiente em que são criadas.

 

Na edição de 2009 do PIAA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), avaliação da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento) que mede a qualidade da educação em 65 países, a China ficou em 51º lugar, enquanto o Brasil ficou em 53º lugar.

 

Dentre os países do BRIC, a China é a que mais se destaca pela rapidez do crescimento, já tendo superado Europa e Japão na quantidade anual de publicações científicas.

 


 - No Brasil, a participação dos pais ainda é muito incipiente. Na educação infantil, existe o período de adaptação, mas na maioria dos casos, os pais participam por obrigação. Para a especialista, é a escola que precisa dar o primeiro passo para quebrar o muro que a separa da família.

 

- Essa abertura precisa partir da escola porque é a parte que possui maiores informações. Os pais devem ser acolhidos e informados do que se passa lá dentro com seu filho. É um direito.

 

Para a psicopedagoga Carla Maia Darakjian, muitas vezes, a rotina de trabalho acaba fazendo com que muitos pais deixem de acompanhar a vida escolar dos filhos. Ainda assim, o papel deles requer mais do que assistir a reuniões escolares ou cobrar notas melhores.

 

- É possível contornar isso estabelecendo, desde o começo da vida escolar da criança, uma rotina de estudos diária que conte com a participação dos pais. Além de ser o espaço de estudos, também deve ser o momento de conversar a respeito da aula, olhar o material, auxiliar no dever e, principalmente, observar se há dificuldades por parte da criança.

 

Carla diz acreditar que, mesmo sem perceber, os pais tendem a cobrar excessivamente seus filhos, principalmente se o diálogo não acontece todos os dias, fazendo com que as cobranças sejam acumuladas.

 

- Por isso a importância de investir no acompanhamento e no diálogo.

 

Cada nível escolar requer um acompanhamento diferente. Orientadoras pedagógicas elaboraram dicas específicas para pais com filhos matriculados nos três níveis do ensino básico: educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.



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