Nos Estados Unidos, 26 pessoas morreram e 1299 pessoas já foram diagnosticadas por doenças relacionadas ao uso do cigarro eletrônico, desde agosto. No Brasil, a venda desse tipo de cigarro é proibida, mas muita gente usa sem saber dos riscos que está correndo.
O doutor Clystenes Soares Silva, pneumologista, tirou algumas dúvidas durante o Bem Estar desta segunda-feira (14). Uma delas é se dá para dizer que tem casos desse surto no Brasil também. O médico explicou que não, já que não dá para saber se o cigarro eletrônico comercializado no Brasil ou parecido com os dos EUA porque não temos a venda controlada.
No Brasil, a venda de cigarro eletrônico é proibida, mas muitas pessoas usam sem ter ideia dos riscos que podem estar correndo. — Foto: Christopher Pike/Reuters
A Anvisa solicitou a 252 instituições de saúde que enviem alertas sobre relatos de problemas relacionados ao uso de cigarros eletrônicos.
Algumas substâncias que estão no cigarro eletrônico podem estar causando esse surto. Elas são as substâncias aromáticas, nicotina, glicerol, propileno e THC.
Os sintomas da doença são: uma reação pulmonar grave associada a uma reação do aparelho digestivo, que ainda não se sabe o motivo exato. Além dos sintomas pulmonares, as pessoas têm náusea, vômito e diarreia. No processo agudo inflamatório pulmonar, os pacientes têm insuficiência respiratória e podem vir a óbito.
O que o cigarro eletrônico causa no corpo das pessoas?
A bronquiolite obliterante é caracterizada por um processo de inflamação e fibrose em vias aéreas. Essa inflamação obstrui as vias aéreas mais pequenas dos pulmões - os bronquíolos. Os sintomas incluem febre, tosse seca, falta de ar, respiração sibilante e fadiga. Estes sintomas se agravam ao longo de semanas ou meses.
Fica o alerta: os especialistas ainda não sabem o que está causando o surto da doença, mas na dúvida, melhor não correr o risco e não usar o cigarro eletrônico!
G1
Foto: Christopher Pike/Reuters