A discussão sobre a regulamentação da Cannabis medicinal começou há quatro anos aqui no Brasil, quando a Anvisa retirou o CBD da lista de substâncias proibidas. Em 2017 foi registrado o primeiro medicamento com derivado de Cannabis e hoje existe na Anvisa um grupo de trabalho que estuda como regulamentar o plantio para uso medicinal.
A planta tem quase cem ativos com potencial terapêutico. Os mais conhecidos são o CBD e o THC. O neurologista Luís Caboclo explica que apenas um remédio é aprovado no Brasil. Ele atua contra espasmos em adultos com esclerose múltipla. O remédio é feito fora do Brasil e de alto custo.
Além da esclerose múltipla, a Cannabis já é pesquisada e usada em epilepsia, pacientes com câncer, distúrbio do sono, ansiedade, problemas gástricos, autismo, dores crônicas, entre outros.
A Cannabis medicinal pode ser usada por todos?
Nem todo mundo pode usar. Dependendo do paciente, da composição, dosagens, podem ou não existir contraindicações e reações adversas. O medicamento aprovado pode, por exemplo melhorar muito a vida dos pacientes com espasmos, mas em alguns casos trazer tonturas, fadiga, euforia e depressão como reações adversas, além de dependência. É bom sempre ter o respaldo do profissional de saúde.
G1