A exposição dos brasileiros à fumaça ocasionada pela onda intensa de queimadas e incêndios florestais que afeta o Brasil desde agosto pode trazer danos sérios à saúde, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC), especialmente em pessoas com doenças preexistentes.
Por conta disso, o Ministério da Saúde lançou neste mês a campanha “Se tem fumaça, tem que ter cuidado” para alertar a população e gestores de saúde sobre os riscos que a poluição do ar representa à saúde pública.
Aumente a ingestão de água e líquidos para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
Permaneça em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico adequado. Quando possível, busque ambientes com ar-condicionado e filtros de ar para reduzir a exposição.
Mantenha portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes no ar para minimizar a penetração da poluição externa.
Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas.
Não consuma alimentos, bebidas ou medicamentos que tenham sido expostos a detritos de queima ou cinzas.
Utilize, preferencialmente, máscaras “cirúrgicas” modelos N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a inalação de partículas se usadas corretamente por pessoas que precisem sair de casa. No entanto, a recomendação prioritária é permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça Grupos de Risco.
Crianças menores de 5 anos, idosos acima dos 60 anos e gestantes devem ter atenção redobrada às recomendações acima.
Fique atento aos sintomas respiratórios ou outras complicações de saúde e busque atendimento médico o mais rapidamente possível.
Para adultos e idosos há um aumento do risco de eventos cardiovasculares e respiratórios combinados.
Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios ou imunológicos devem:
Buscar atendimento médico imediatamente na ocorrência de sintomas.
Manter medicamentos e itens prescritos sempre disponíveis para o caso de crises agudas.
Avaliar a possibilidade e segurança de se afastar temporariamente da área impactada.
Orientações aos gestores de Saúde
Reforce o atendimento nos serviços de atenção à saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Monitore as informações de qualidade do ar, umidade relativa do ar e temperatura por meio do órgão ambiental do seu estado, pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais ou pela VigiAr (Vigilância em Saúde Ambiental e Qualidade do Ar) semanalmente a respeito da qualidade do ar.
Monitore oferta e qualidade da água e garanta à população o acesso à água potável, com pontos de distribuição e bebedouros públicos, em especial em áreas remotas e de maior vulnerabilidade social.
Garanta a oferta adequada de pontos de hidratação e nebulização, avaliando a necessidade de novas estruturas junto aos serviços de saúde (tendas e salas de hidratação).
Capacite e oriente equipes de atenção à saúde para compartilhar informações com a população e identificar e manejar em tempo oportuno riscos e agravos à saúde, especialmente em pessoas com comorbidades, crianças, gestantes e idosos.
Reforce ações de promoção e atenção à saúde mental
Fonte: Ministério da Saúde
Flickr/Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima