O registro de 17 pessoas que deram entrada em um hospital de Teresina com queimaduras oculares até o último domingo (28), após o uso de pomadas capilares modeladoras para tranças, chamou atenção da Diretoria de Vigilância Sanitária do Estado (DIVISA) para, mais uma vez, enfatizar aos profissionais da saúde, sobre a importância das notificações desse tipo de evento adverso no Sistema de Notificação para Vigilância Sanitária (NOTIVISA).
Em fevereiro do ano passado, a Anvisa proibiu a comercialização de todas as pomadas para modelar e trançar cabelos. A decisão foi resultado de uma avaliação de risco feita pela Agência, após a identificação do aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto.
“Nossa equipe irá acompanhar esses casos ocorridos em Teresina, junto ao serviço de saúde que fez o atendimento a essas pessoas e orientar os profissionais, no que diz respeito as notificações no NOTIVISA”, destacou a superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios (SUPAT), Leila Santos.
O NOTIVISA é o sistema informatizado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que permite, por meio do link ..:: NOTIVISA ::.. (anvisa.gov.br), o registro de problemas relacionados ao uso de tecnologias e de processos assistenciais, por meio do monitoramento da ocorrência de queixas técnicas de medicamentos e produtos para a saúde, cosméticos, saneantes, alimentos, incidentes e eventos adversos.
“Com a notificação é possível que a equipe de vigilância sanitária realize a investigação do caso e tenha subsídios para tomar decisões e estabelecer medidas preventivas que irão reduzir o risco a população”, completou a diretora da Vigilância Sanitária do Estado, Tatiana Chaves.
No Piauí, a DIVISA também está orientando as vigilâncias sanitárias municipais para que façam a busca ativa da comercialização dos produtos em salões de beleza e distribuidoras. “É mais uma medida que precisamos efetivar para minimizar os sérios efeitos adversos que esses produtos podem ocasionar”, finalizou a diretora.
Sesapi