Na busca por alternativas viáveis no combate ao novo coronavírus, pesquisadores da USP, em parceiria com a iniciativa privada, estão desenvolvendo um capacete respirador de baixo custo para fazer a respiração mecânica em pacientes com covid-19.
O projeto está em fase final de desenvolvimento e deve ficar pronto até o fim de maio.Os pesquisadores envolvidos no projeto apelidaram o equipamento de “escafandro”, pelo forma aredondada da cúpula de acrílico, parecida com a utilizada por mergulhadores no século 19.
Benefícios do dispositivo
“Trata-se de uma opção menos invasiva, já que em muitos casos pode ser uma alternativa para evitar a necessidade de utilização do tubo endotraqueal introduzido no paciente”, conta o professor Raul Gonzales Lima, coordenador da iniciativa em entrevista à Revista USP
Além disso, o “escafandro” possui dois tubos para fazer a circulação do ar. Assim, o equipamento controla a pressão e a concentração do oxigênio e faz a respiração do paciente.
De acordo com o professor Raul, o sistema impede que o paciente respire no mesmo ambiente que funcionários de saúde e outros pacientes que podem estar próximos, pois filtra o ar que sai do dispositivo. Essa é uma maneira de garantir um ambiente mais seguro e com menor risco de contaminação.
Produção rápida
Segundo pesquisadores, já existem trâmites junto a Anvisa para a regulação do aparelho. A iniciativa faz parte o Projeto Inspire - Ventilador pulmonar de baixo custo, que funciona na Poli, dentro da USP mas conta com assistência das faculdades de Medicina e odontologia, também da Universidade de São Paulo.
Segundo a USP, após a aprovação do projeto, sua produção poderá ser rápida e em larga escala, pois utilizará materiais e fábricas nacionais.
Foto: divulgação USPTecnologian e ciência R7