De forma recorrente o presidente Jair Bolsonaro vem desrespeitando com as suas piadas irreverentes a sociedade brasileira. E isso já se tornou rotineiro, mas tem que ter um basta.
Sem postura de estadista e com comportamento preconceituoso, Bolsonaro faz piada no Maranhão ao tomar um copo de Guaraná Jesus, bebida típica estadual cor-de-rosa: “Virei boiola igual a maranhense”.
Sarcástico metido a engraçado. Bolsonaro devia ser convidado a se apresentar em circo. E ainda há imbecis que dão audiência a esse sacripanta.
Espera-se que o governo maranhense e seus políticos ingressem com representação processual de crimes de homofobia, racismo e difamação praticados por Bolsonaro contra o povo maranhense.
Lamentavelmente, elegemos um cidadão que não prima pela liturgia do cargo e comporta-se como parvajola desrespeitando as regras básicas de cidadania.
Durante visita do presidente à Bahia para inaugurar a usina de Sobradinho, Bolsonaro fez considerações jocosas em tom de brincadeira, dentro de seu estilo, respondendo ao deputado Cláudio Cajado (PP-PE), que o saudava por visitas reiteradas ao Nordeste: “Só tá faltando crescer um pouquinho a cabeça”, referindo-se ao estereótipo de que nordestino tem “cabeça chata”.
Em vídeo que circula nas redes sociais, o presidente Bolsonaro chama o Nordeste de ‘paraíba’, de forma pejorativa. "O trecho do vídeo foi divulgado pelo perfil oficial do PCdoB no Twitter e por outros integrantes da oposição, como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Paulo Teixeira (PT-SP) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC)."Fonte Jornal Gazeta do Povo.
Em outro vídeo, Bolsonaro faz piada com a cabeça do nordestino, tirando sarro com a sua proverbial destemperança verbal: https://poenaroda.com.br/comportamento/politica/em-video-bolsonaro-faz
Parafraseando o escritor Raimundo Correia, Bolsonaro guarda secreto o pavilhão da maldade que conforta o seu ego delirante de espezinhar o seu semelhante. Com as suas tiradas sarcásticas de ser superior, talvez, consigo, guarda um atroz, recôndito inimigo, como invisível chaga cancerosa. E quem sabe esse atroz inimigo não seja um trauma psicológico sofrido na infância ou adolescência? Ainda é tempo de se tratar.
Assim, essa incompreensível ojeriza homofóbica e racial que de forma ululante permeia o seu cérebro deveria ser patologicamente investigada pelo presidente, principalmente agora que tem ao seu dispor todo um aparato médico-hospitalar.
O que não pode é a sociedade continuar a assistir calada aos desrespeitos gratuitos do presidente da República ao tratar os indivíduos e as instituições de forma incivilizada.
Os contrapassos e derrapadas de um mandatário na condução do país só podem agravar o estabelecimento da convivência e da paz social.
Espera-se que o comportamento antissocial e desrespeitoso do presidente Jair Bolsonaro seja levado à instância superior da Justiça.
Júlio César Cardoso
Servidor federal aposentado
Balneário Camboriú-SC