• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

Após ser vítima de assalto no bairro Lourival Parente, na zona Sul de Teresina, na manhã desta quinta, 21, a aposentada Teresinha de Jesus Lima, de 65 anos, sofreu um infarto e faleceu. Ela estava na companhia de uma amiga em via pública, a 200 metros de onde reside, quando o assaltante surpreendeu as duas na rua em uma moto preta. O caso ocorreu por volta das 8:30h.

O capitão Fábio Soares, coordenador de policiamento do 6º BPM, informou que a aposentada, com base no depoimento da filha, passou recentemente por um cateterismo, um procedimento feito no coração.

"Ela mora na mesma rua em que foi abordada com a amiga pelo assaltante. Ele pediu pelo celular e ela, que estava com o celular da amiga para fazer uma ligação, entregou. Esse assaltante chegou colocando a mão na cintura, como se fosse sacar uma arma ou um simulacro, mas não chegou a mostrar. Elas ficaram nervosas com a situação", disse o capitão.

O coordenador explicou que após o ocorrido os vizinhos prestaram socorro à vítima. A aposentada estava ofegante, desmaiou e os populares tentaram reanimá-la enquanto aguardavam a chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). "Quando a equipe médica chegou, apenas constatou o óbito", ressaltou o capitão, com base nos depoimentos.

O capitão destacou que os moradores acionaram a PM por volta das 10h,  quase duas horas depois do ocorrido. O suspeito que estava com uma jaqueta jeans, com idade entre 40 e 50 anos, estava sozinho em uma moto preta. A Polícia Militar está em diligências. Qualquer informação, a população pode entrar em contato pelo 190.

O coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHP), delegado Francisco Costa Barêtta, relatou que até o momento não foi comunicado oficialmente sobre o ocorrido. No entanto, ele ressaltou que o suspeito poderá responder pelo crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte. O delegado ressaltou que o corpo precisa passar por um exame cadavérico com um médico legista para constatar que o infarto decorreu da violência sofrida.

"Ele poderá responder por latrocínio se for constatado que a morte foi em decorrência da violência, caso seja comprovado o nexo de causalidade. O objetivo dele era subtrair o patrimônio, mas tamanha foi a violência que ele empregou, mesmo não atirando, que fez com que a vítima viesse a morrer".

O delegado reforça que a família precisa denunciar o caso ao DHPP, "que investiga os casos que a população traz".

A reportagem entrou em contato com o Instituto de Medicina Legal (IML) que não confirmou ida ao Lourival Parente nesta manhã. A informação é de que o corpo da vítima foi recolhido por uma funerária após dar entrada no Serviço de Verificação de Óbito do Hospital Getúlio Vargas (HGV).

Em casos de assalto seguido de morte, as equipes da DHPP, Perícia Criminal e IML precisam ser acionados, acrescentou o delegado. 

 

cv