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O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Edvaldo Moura, confirmou que seis juízes estão sendo ameaçados de morte no Estado. Os magistrados já pediram segurança ao TJ. Segundo Moura, as ameaças se devem a decisões que contrariaram interesses de uma das partes. Os nomes dos juízes não foram divulgados a fim de preservá-los.

 

A declaração foi dada durante o 90º Encontro do Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça que acontece desde a última quinta-feira, 26, e vai até este sábado, 28 em Teresina. O presidente do Colégio, desembargador Marcus Antonio de Sousa Faver, informou que o número de atentados contra magistrados no Brasil vêm crescendo. “A máfia não descansa”, declara.

 

 Dados da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), dão conta de que em 2011, mais de 200 juízes sofreram atentados e uma morte foi registrada, a da juíza carioca Patrícia Acioli.

 

Marcos Faber cita ainda o caso do juiz Odilon Oliveira, considerado “o juiz mais ameaçado do país”, que chegou a esta situação após ser o responsável pela condenação do traficante Fernandinho Beira Mar, um dos líderes do crime organizado, no Rio de Janeiro.

 

O presidente da AMB, Henrique Calandra, informou que há um projeto de isenção de imposto para beneficiar as autoridades ameaçadas para que estas possam comprar carros blindados.

 

Nos últimos 60 dias, Calandra afirma que no início deste mês, a família da desembargadora cearense Sérgia Miranda. A juíza teve os tios-avós seqüestrados e torturados. O episódio pode ter sido uma retaliação à greve dos policiais militares daquele estado, decretada ilegal pela magistrada. Casos semelhantes foram registrados em Rio Claro (SP), Nova Serrana (MG) e São Gonçalo (RJ).  O encontro do colegiado reuniu presidentes de 19 Estados brasileiros, entre eles, RJ, SP, MG, BA e DF.


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