Novas gravações que mostram conversas entre a adolescente de 15 anos e seu pai, que a jovem acusa de tê-la estuprado, revelam que o aposentado W. M. D. S., 56 anos, pagava de R$ 20 a R$ 30 para manter relações com outras meninas. Segundo a presidente do inquérito, delegada Andrea Magalhães, titular da DPCA, confirmou que a informação faz parte do depoimento da vítima.

A delegada acrescenta que pediu a prisão preventiva do acusado porque ele estaria procurando a filha novamente. “Ele nega as acusações terminantemente, mas o inquérito já foi concluído e ele estava à procura da vítima com frases intimidatórias. Precisamos tirar esta menor de idade da situação de risco.

Magalhães diz ainda que a adolescente fez exame de corpo de delito na Maternidade Evangelina Rosa no qual foi comprovado que a garota não é mais virgem.

“O depoimento da vítima foi rico em detalhes e é suficiente para comprovar o crime. Também comprovamos que as vozes escutadas são as dos envolvidos. O exame de corpo de delito é mais um indício de tudo o que ela vinha passando”, declarou.

A delegada afirma que o inquérito está tramitando na 7ª Vara Criminal e que a jovem e a mãe estão em local protegido. Segundo Magalhães, não é possível afirmar que a mãe da garota sabia do crime. “Quem comete estupro faz isso escondido. Por isso, é comum que ninguém tome conhecimento, além da vítima. Também é comum que o crime seja cometido por pessoas da família ou próximas. O fato de ser o pai biológico é tão cruel, que a sociedade não quer aceitar que isso possa acontecer. Mas infelizmente, posso garantir que todos os dias temos denúncias desse tipo”, garante.

A titular da DPCA diz que foram registrados mais de 20 inquéritos a partir de casos de estupro no mês passado. “Agora a vítima tem mais coragem para denunciar. É importante que se saiba que apenas o depoimento da vítima já pode levar a prisão do acusado nesses casos.

Cidadeverde