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motimUma ameaça de novo motim na Penitenciária Regional de Esperantina, preocupa a Polícia da cidade. Segundo o comandante da Força Tática da PM, capitão Luiz Gonzaga Albuquerque, os ânimos dos detentos estão acirrados, por conta das revistas que estão sendo realizadas nas celas, desde o fim da rebelião dessa terça-feira, 16. Segundo o juiz da cidade, Marcus Klinger, há o risco de novos motins no presídio.

 

O Corregedor Geral de Justiça, desembargador Paes Landim e a Comissão de Direitos Humanos da OAB participam de uma inspeção nesta quarta-feira, na penitenciária. A vistoria acontece por conta da rebelião que durou mais de cinco horas, e resultou na morte de um detento.

 

A Secretaria Estadual de Justiça emitiu uma nota na noite desta terça, informando a morte de dois detentos, mas o hospital retificou a informação, afirmando apenas que um dos três detentos feridos, ainda se encontra internado em estado grave.

De acordo com o capitão Ancelmo Portela, diretor de presídios da SEJUS, o objetivo da ida do desembargador é agilizar os processos dos detentos que estão em situação provisória.

 

"90% dos detentos estão em situação provisória e esse foi o principal motivo da rebelião. Existem vários processos acumulados", completou o capitão.

 

Segundo o juiz Marcus Klinger, a principal reivindicação dos detentos é a implantação de um novo sistema, seguindo o modelo da Penitenciária de São Raimundo Nonato, que provocou uma lentidão na conclusão dos processos.

 

"Após a vistoria, vamos analisar junto com o Desembargador quais medidas serão tomadas para acelerar a conclusão dos processos, um mutirão pode ser  realizado.", conclui Marcus Klinger.

 

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Lúcio Tadeu, se dirigiu para Esperantina acompanhado do advogado Carlos Edilson, onde farão um levantamento da situação para diagnosticar o problema e tomar uma posição junto ao judiciário e o Ministério Público.

"A OAB sempre teve participação ativa, desde as primeiras mortes na Casa de Custódia, nesse caso nossa obrigação é agir junto com a Ordem dos Advogados do Piauí", concluiu Lúcio Tadeu.

 

A Polícia Civil do município, acionou a perícia para investigar a morte do detento assassinado por outros presos durante o motim.

 

 

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