O promotor de Justiça junto a 5ª Zona Eleitoral, Rodrigo Roppi de Oliveira, mandou a Polícia Federal investigar a suposta prática de crime eleitoral por parte do Instituto Amostragem.
O promotor se manifestou nos autos da Representação feita pela coligação “Tudo vai melhorar” que tem como candidato a prefeito de Parnaíba o ex-senador Mão Santa. De acordo com parecer “na última pesquisa eleitoral divulgada pelo instituto houve alteração da classe social entrevistada, onde, em um primeiro momento se focava mais na classe pobre (quase 70% nas duas primeiras pesquisas) e média baixa (quase 20% nas duas primeiras pesquisas), enquanto nas últimas duas pesquisas se focou mais demais classes).
Para o promotor a mudança é no mínimo estranha e representa indícios que pode estar ocorrendo o crime tipificado no art. 19 da Resolução do Tribunal Superior Eleitoral de n° 23.364.
Para o advogado Apoena Almeida Machado, “existe uma clara evidência de manipulação, porque o instituto amostragem fez quatro pesquisas em Parnaíba, e, nas duas primeiras, entrevistou 68% de pessoas com renda até 1 salário mínimo, e, na terceira e quarta pesquisas, como a publicada hoje, apenas 29% de pessoas com renda de até 1 salário mínimo. Essa modificação, além de ilegal, prejudica o candidato Mão Santa, que tem a maior parte do seu eleitorado entre pessoas mais humildes, e favorece ao candidato Florentino Neto, que tem seu eleitorado entre pessoas mais favorecidas, economicamente.”
Já na pesquisa publicada ontem, a assessoria jurídica de Mão Santa explica que a pesquisa tem que seguir o Plano Amostral indicado pelo Instituto Amostragem, que tem como fonte, no caso, o IBGE, e, neste, a população de Parnaíba, com faixa de renda de até 1 salário mínimo, corresponde à 57,02% da população, de forma que se a pesquisa eleitoral entrevistar um percentual menor do que este, como fez de 29%, haverá fraude.”
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