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A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) solicitou hoje, 12, à Polícia Federal (PF) o resultado das investigações sobre as fraudes aos exames de Ordem em 2009 e 2010. O inquérito da PF, apresentado ontem, 11, aponta que 152 candidatos tiveram acesso antecipado às respostas das provas e 1.076 “colaram”.

 


Caso seja comprovada a fraude aos exames, os fraudadores poderão ter as carteiras da OAB cassadas, além de responder criminalmente pelas acusações. “Contra os responsáveis, será aberto processo disciplinar com direito à defesa, mas a Ordem não pode ser conivente com este tipo de postura que denigre a imagem da advocacia e faz que pessoas entrem pela a porta dos fundos”, disse à Agência Brasil o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante.

 


Segundo o inquérito da PF, foram fraudadas três provas da OAB aplicadas em maio e setembro de 2009 e em janeiro de 2010. Os envolvidos foram identificados por meio do Sistema de Prospecção e Análise de Desvios em Exames (Spade), software que rastreia, compara e analisa as respostas dos candidatos, apontando quais têm mais probabilidade de ser adulteradas. A PF ainda fez um laudo pericial e outras investigações.

 


A fraude aos exames da OAB, segundo a PF, foi cometida por uma quadrilha que também burlou concursos da própria PF, da Receita Federal, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

 


Já foram indiciadas 282 pessoas e 62 servidores públicos foram afastados ou impedidos de tomar posse por envolvimento no esquema. Os suspeitos são acusados de formação de quadrilha, estelionato qualificado, receptação, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.



Agência Brasil