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Promotores de Justiça do Maranhão que acompanham as investigações da morte do jornalista Décio Sá podem vir ao Piauí para checar informações. De acordo com a imprensa maranhense, eles suspeitam que Jhonathan de Sousa Silva, o assassino confesso de Décio e do revendedor de veículos Fábio Brasil, pode ter matado também a estudante Fernanda Lages, por encomenda.

 

Em Teresina, esses promotores pretendem acompanhar o depoimento de Jhonathan no 6º Distrito Policial, que apura o assassinato de Fábio Brasil. O atirador está detido no Maranhão, mas pode ser trazido à capital do Piauí para depor.  Fábio Brasil foi morto em plena Avenida Miguel Rosa, em março deste ano. Já Décio Sá foi assassinado em São Luís-MA, no mês de abril. Esses dois casos estão intimamente ligados. Jhonathan confessou a autoria dos dois homicídios. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, o mesmo grupo de pessoas encomendou as execuções de Fábio Brasil e de Décio Sá, no Piauí e no Maranhão.

 

O Ministério Público do Maranhão nomeou três promotores para acompanhar, desde o início, as investigações da morte de Décio Sá: Marco Aurélio Cordeiro Rodrigues, Ana Carolina de Mendonça Leite e Luiz Muniz Rocha Filho. Em silêncio, eles apuram a atuação da quadrilha de agiotas que estaria por trás desses crimes. O bando teria ramificações em municípios dos dois estados nordestinos.

 

A reportagem tentou contato com os representantes do MP-MA. Por telefone, a assessoria de comunicação do órgão informou que os promotores não concederão entrevista a nenhum veículo de comunicação. "Essa será a postura deles até o fim das investigações", adiantou uma das assessoras.  Os passos dos promotores também não são divulgados. "Não podemos negar nem confirmar", respondeu a assessoria do MP-MA ao ser questionada sobre a viagem dos promotores ao Piauí. A data do depoimento do pistoleiro Jhonathan Silva também é mantida sob sigilo.

 

Contudo, blogs do Maranhão informam que a comitiva deve chegar a Teresina nesta sexta-feira, 22. Informações extra-oficiais dão conta de que o grupo deverá entrar em contato com a Superintendência da Polícia Federal no Piauí, que apura a morte de Fernanda Lages.

 

Procurado pela reportagem, o promotor Ubiraci Rocha, que acompanha o Caso Fernanda Lages, adiantou que, até o momento, a Polícia Federal não trabalha com essa possibilidade de conexão. "Até agora, isso não foi cogitado. Duas coisas não se encaixam: o modus operandi desse pistoleiro e a motivação. Não vemos relação entre a morte de Fernanda e a agiotagem. Mas seria interessante conversar com eles (promotores do Maranhão)", destacou.

 

Segundo a polícia daquele estado, Jhonathan confessou mais de 20 assassinatos sob encomenda. Nos crimes que cometeu, costumava chegar em uma motocicleta, efetuava os disparos e fugia em seguida, na garupa da moto. Por várias vezes, contou com a ajuda do mesmo "piloto de fuga".


Portal O Dia