A asssembleia geral docente desta quinta-feira, 31, decidiu suspender a greve iniciada na segunda-feira, 28, tendo em vista o canal de negociação aberto pelo governo do Estado em torno da questão salarial e das pautas da campanha SOS UESPI.
Após avaliar a importância da deflagração da greve que conquistou audiência com o governador e abertura de negociação, a categoria docente decidiu pela suspensão do movimento, mas permanecendo em Estado de Greve, ou seja, em situação de mobilização que permita a retomada de nova paralisação, a qualquer instante, caso o governo não negocie efetivamente com a categoria.
O governador Wilson Martins, em audiência com o comando de greve no dia 29, comprometeu-se a apresentar proposta de reajuste salarial, até o dia 12 junho, aos docentes da UESPI, adiantando que estuda uma aproximação do atual piso do auxiliar 20h ao patamar do que recebe o professor de mesma classe e jornada de trabalho das Universidades Estaduais do Ceará.
Enquanto no Piauí o piso é de R$ 1.071,00, no Ceará é de 1.467,00. A reivindicação da Associação dos Docentes da UESPI, no entanto, é de R$ 2.324,00 (salário mínimo do DIEESE) para o professor Auxiliar I 20h.
No dia 13 de junho, será realizada nova assembleia geral docente na UESPI para avaliar o resultado da negociação marcada para o dia 12. Durante a assembleia de hoje, foi definido que o calendário de visita aos campi será mantido, assim como o comando de greve deve refazer programação de atividades com o objetivo de continuar mobilizando a categoria em torno da campanha salarial.
Foi aprovada ainda a formação de uma comissão composta por três professores, três estudantes, três técnico-administrativos, e um representante da Central Sindical e Popular - CSP Conlutas (entidade à qual somos filiados), para negociar com o governo as pautas da campanha SOS UESPI, como a construção de restaurantes universitários, laboratórios, compra de equipamentos, recebimento de estruturas para a UESPI, como o prédio do extinto Instituto Superior de Educação Antonino Freire (ISEAF), acompanhar processos de licitação, e cobrar nomeações de aprovados e classificados dos concursos para docentes e técnicos.
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