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Uma máquina da construção civil é alugada em Sobral/CE para uma obra em Piripiri e achada nove meses depois na divisa do Brasil com o Uruguai e devolvida ao seu dono nesta quinta-feira, 24. Um crime desvendado pela equipe da 6ª Delegacia Regional de Piripiri, 157 quilômetros ao Norte de Teresina. Foram duas máquinas roubadas, avaliadas juntas em aproximadamente R$ 1,2 milhão.

 

O delegado Clayton Doce Alves Filho, titular da delegacia regional, contou que o crime foi registrado no dia 14 de agosto de 2011. A quadrilha comprou um terreno com o objetivo de fazer um criatório de peixes entre os municípios de Brasileira e Piripiri. Para tanto, alugou em Sobral as duas máquinas. Chegaram a pagar R$ 30 mil do primeiro mês de aluguel "para ganhar confiança", segundo o delegado.

 

Uma equipe de Sobral foi a Piripiri para operar as máquinas. "Quando foi no final de semana, eles (quadrilha) alegaram serem adventistas do sétimo dia e disseram que não poderiam trabalhar no sábado. Pagaram a passagem para eles (locatários) voltarem a Sobral e só retornarem na segunda-feira. Quando chegaram na segunda-feira no criatório de peixes, cadê? Levaram as máquinas", relata Clayton Doce.

 

A investigação começou em Piripiri e foi parar em Balsas/MA, onde o destino das máquinas foi descoberto. A equipe da Polícia Civil do Piauí se deslocou até Goiás, onde uma retroescavadeira avaliada em R$ 300 mil foi achada em uma fazenda, após 50 dias de buscas. No momento da apreensão, suspeitos se evadiram do local.

 

O delegado e os agentes da Polícia Civil João Alfredo e Francisco Kempes descobriram que a quadrilha tinha sua base no Sul do Brasil. Foram a Santa Catarina e localizaram uma fazenda no Rio Grande do Sul, na divisa do Brasil com o Uruguai. A máquina avaliada em mais de R$ 800 mil foi achada e cerca de cinco suspeitos fugiram na ação.

 

Após 12 dias de viagem na estrada, a 40 quilômetros por hora, a máquina chegou a Piripiri. "Agora vamos dar seguimento ao inquérito. É uma quadrilha interestatual se não for internacional", declarou o delegado, que agora trabalha na prisão dos acusados.

 

O dono das máquinas ainda paga o financiamento das mesmas.

 
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