Um curso em São Paulo está ensinando lideranças públicas de vários estados do país a enfrentar os desafios da competitividade. Na sala de aula, representantes de sete estados aprendem que uma boa ideia não vai adiante sozinha. Que é preciso saber argumentar e convencer para levar o projeto em frente.
Entre as lições, a importância de não abandonar projetos no meio. "A interrupção, a mudança de direcionamento e sempre o que traz prejuízos enormes para a sociedade”, explica o presidente do Centro de Liderança Pública, Luiz Felipe d’Ávila.
O curso surgiu depois da divulgação do ranking de competitividade econômica dos estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública e pela a revista inglesa The Economist. A lista foi elaborada tendo como base oito critérios, entre eles ambiente econômico e inovação. São Paulo é o melhor colocado, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Durante o seminário, cada participante vai desenvolver um projeto numa área em que o estado não está bem. Tudo será feito com apoio de consultores especializados. A ideia é que a experiência em sala de aula sirva de modelo para outras ações na busca de maior competitividade.
Apesar de ser o primeiro estado do ranking, São Paulo também tem desafios. O representante paulista quer desenvolver um trabalho para avaliar setores econômicos no interior do estado. "O que nós queremos é verificar o grau de competitividade, não apenas no Brasil, mas a competitividade internacional desses conjuntos de empresas”, declara o coordenador da de desenvolvimento regional de São Paulo, José Roberto Cunha.
O Piauí aparece em último lugar no ranking, mas mandou um representante para o curso. Quer acelerar o crescimento do estado. “Nós acreditamos e esse é o nosso desafio que em pouco mais de quatro, cinco anos, a gente vai poder largar esse lanterninha, que nos incomoda, e podemos subir a um nível pelo menos intermediário no Brasil”, diz o assessor do governador do Piauí, César Fortes.
Jornal do Piauí