O presidente da Fetag aponta que a situação é ainda mais crítica na região do semiárido e que já são mais de 700 mil piauienses afetados pela falta de água. “Em algumas cidades não há água potável para consumo humano e animal e, em alguns casos, os agricultores já perderam tudo. Outros produtores já estão constatando perdas de pelo menos 50% da produção de algodão, arroz, feijão, mandioca, milho ou outras atividades agrícolas de convivência com o Semiárido”, destaca Evandro Luz.
De acordo com o presidente, o número de cidades que estão decretando estado de emergência aumenta a cada dia. “A demanda é muito grande, por isso não há como os carros-pipas que são pagos pelas prefeituras, pelo Governo Federal e Estadual atenderem a toda a população. Existem localidades onde seriam necessários 10 carros-pipas para abastecer, no entanto, apenas 4 estão disponíveis”, esclarece.
Com as barragens, poços e açudes todos secos, com a irregularidade das chuvas, com a vegetação toda seca, com a perda do rebanho os pequenos agricultores do semiárido estão vivendo um sofrimento ainda maior, diz o presidente. “Quem vai ver de perto a situação constata o tamanho do problema nesses municípios afetados pela seca no Piauí”, diz.
Por conta da estiagem, trabalhadores rurais do Piauí já manifestaram interesse pelo Garantia Safra, um benefíco criado pelo Governo Federal para garantir uma renda mínima aos agricultores de base familiar, que tenham sido vítimas de estiagem.
O valor do Seguro Safra é de R$ 640,00 reais, dividido em cinco parcelas. Só participam do programa agricultores familiares com renda bruta mensal de até um salário mínimo e a adesão ao programa deve ser feita antes do plantio.
Aline Damasceno