“A quatro anos eu vivia com ele em cativeiro. Ele me batia, trancava as portas e ligava o som para me bater. Os vizinhos já estavam acostumados” , disse Ana Lúcia, entre outras barbaridades que afirma que o marido cometia. Contou também que Alan teria abusado de suas duas filhas menores de idade, ordenando que elas tirassem a roupa para ele, em outra ocasião.
De acordo com o depoimento de Ana Lúcia, no dia do crime Alan passou o dia bebendo e usando drogas. Ao chegar em casa, a mandou tirar a roupa, comeu dois tomates e duas pimentas e a beijou na boca, perguntando se estava ardendo. Ela conta que negou, para não apanhar, mas o marido ainda assim quis lhe bater com um pau, e ela teria fugido para a cozinha, e Alan a perseguiu. Em seguida, pegou uma panela de pressão para bater ainda mais na esposa e uma faca, que Ana Lúcia conseguiu tirar dele e com ela o esfaqueou no pescoço, e Alan veio a falecer ainda dentro de casa, sem que lhe fosse prestado socorro.
Ana Lúcia contou que após o crime, fugiu para as margens do rio, vestindo apenas uma calcinha. Então conseguiu roupas emprestadas com uma moradora da região que não conhecia, e foi para a casa do pai.