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Três pessoas foram presas nesta quinta-feira, 14, acusadas de falsificar um mandado de busca e apreensão com o nome de um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí. O objetivo, segundo a polícia, era enganar o proprietário de um carro e levar o veículo embora. O caso foi registrado no 8º Distrito Policial, zona Sudeste de Teresina.

 

O mandado era falso e tinha selo da Justiça adulterado. Um dos pontos que levou a polícia a descobrir a fraude foi o nome do juiz usado, José Francisco do Nascimento, que na verdade é desembargador do TJ-PI.

 

A queixa foi feita por Juraci Alves dos Santos, proprietário de um Audi A3 de placa HXJ-5000, de Teresina, de cor prata e ano 1998. Ele havia comprado o veículo de terceiros e depois foi surpreendido quando dois supostos oficiais de justiça o abordaram na rua Pedro Teixeira, Parque Ideal para levar o veículo.

 

Após as investigações, os chefes de investigação Fred Maia e Gerson, do 8º DP, prenderam três pessoas no Recanto das Palmeiras e Centro de Teresina. Segundo os policiais, Gregório Sousa Feitosa e José Valdir de Carvalho Nascimento Filho relataram terem recebido R$ 1,5 mil de Carlos Coelho Campos para se passarem por oficiais de Justiça. Carlos, que teria sido proprietário do mesmo carro anteriormente, também foi preso. O delegado Jefferson Calume vai autuar os três presos por uso de documento público, falsidade de documento público e falsa identidade.

 

O 8º DP ainda vai aprofundar as investigações para descobrir se existem outras vítimas de golpe semelhante.


Cidade verde

Está marcada para a tarde desta quinta-feira, 14, uma perícia criminal para demonstrar a dinâmica do acidente do último sábado, 9, no município de Altos, onde cincos pessoas da mesma família morreram na Curva do Capote. Na ocasião estarão presentes uma equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), peritos criminais e a Polícia Civil de Altos.

 

A Polícia Rodoviária Federal irá interditar a pista durante o trabalho. Segundo o inspetor Antônio Carlos Cavalcante, o condutor do veículo que provocou o acidente, Marcelo de Moura, estava sob efeito de álcool. “Ele próprio revelou que havia bebido. Mas, além disso, que pessoa se negaria a fazer um teste de bafômetro, nessa situação, sabendo que não bebeu?”, questiona o inspetor.

 

O inspetor explica porque se trata de uma perícia, e não de uma reconstituição. A reconstituição é de caráter judicial e, caso o delegado responsável julgue necessário, ele pode requerer. “No caso da reconstituição é necessário que aconteça no mesmo horário do acidente. Se fosse uma reconstituição, os veículos utilizados deveriam ser semelhantes e o condutor deveria estar presente”, explica.

 

O objetivo da perícia é apontar, por exemplo, a velocidade média dos carros. “Queremos entender o acidente, a velocidade do carro, saber se ele invadiu ou não a contramão”, explica o delegado Deny Cavalcante, do distrito policial da cidade de Altos.

 

Sobre o acidente

Na madrugada do último sábado, 9, cinco pessoas da mesma família morreram em um acidente na BR 343. Informações iniciais apontam que o condutor Marcelo de Moura fez uma ultrapassagem indevida, provocando uma colisão de uma Hilux com um veículo modelo Fiat Siena, onde as vítimas estavam.


Portal da clube

O corpo de um homem foi encontrado dentro de sua casa no bairro Macaúba, zona Sul de Teresina, no início da tarde desta quinta-feira, 14. Proprietário de 10 cachorros, Raimundo Nonato e Silva Neto, 51 anos, não era visto desde terça-feira e foi achado com parte do rosto e o pescoço mordido pelos animais.

 


Raimundo morava na Rua Climério Bento Gonçalves, entre a Rua 24 de Janeiro e a Avenida Miguel Rosa, e tinha pontos comerciais na região. Maria do Carmo Oliveira, 61 anos, de quem se separou há pouco tempo, contou ao Cidadeverde.com tê-lo visto pela última vez na manhã de terça-feira. Após estranhar sua ausência, pediu que um dos filhos com quem mora fosse ao local averiguar. 

 


De acordo com o soldado Clemilson Santos, do Ronda Cidadão, o filho relatou ter encontrado o pai deitado no chão do quarto e com o maxilar, queixo e pescoço arrancados, supostamente por mordidas dos animais. O corpo foi achado por volta de 13:40h desta quinta-feira. 

 


Dos 10 cachorros, oito foram levados pela Prefeitura e dois ficaram com a família.  Maria do Carmo relatou que o ex-marido teve problemas de pressão uma vez, mas relutou em consultar um médico. Além disso, ela comentou ter se separado porque Raimundo bebia muito até tarde da noite. 




Cidade Verde

No domingo, 17, a greve dos professores das universidades federais completará um mês. A paralisação, que conta com a adesão de 51 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o governo federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído. Na Universidade de Brasília (UnB), além dos professores, os técnicos administrativos também cruzaram os braços, inviabilizando a maior parte das atividades acadêmicas.

 

Aluna do primeiro semestre de economia, Hayanne Ferreira acha que a greve é legítima, mas que a decisão dos docentes foi precipitada. Das cinco disciplinas que cursa neste semestre, apenas uma não foi interrompida. Com isso, ela prevê que vai ficar sem férias quando a greve terminar porque os professores que aderiram ao movimento terão que repor as aulas perdidas. “Vai ter prova fora de hora, suspenderam o calendário e vai ser preciso repor aula. Tem professor que não vai repor”, acredita.

 

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira, 19.

 

Na UnB, a decisão de paralisar as atividades é de cada professor, por isso os alunos se sentem “perdidos” em relação à greve. “Tanto as férias do meio do ano quanto as do fim do ano, ninguém sabe como vão ficar porque não sabemos quando começará o próximo semestre”, disse Raphaella Pinheiro, 19 anos, aluna de relações internacionais. Cinco dos seis professores com quem ela tem aula neste semestre aderiram à greve. “A maioria das matérias parou completamente. Tem professor que está passando exercício pela internet para a gente resolver, tem outros que vão encurtar o semestre na volta e a gente vai fazer a prova mais rápido. Outros vão considerar a matéria como dada, porque quando a greve começou 75% das aulas já tinham ocorrido. Outros vão repor tudo. Cada um vai fazer do jeito que quiser”, reclama.

 

Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento inciado pelos professores. Uma sessão que reuniu os 46 centros acadêmicos da UnB no dia 29 manteve a decisão em uma votação apertada: 22 votos a favor da greve estudantil, 20 contra e duas abstenções.

 

Com a paralisação dos servidores, que começou na última segunda-feira, 11, além das aulas, alguns serviços que são prestados à comunidade também ficaram interrompidos. A biblioteca da UnB, que é frequentada também por quem não é aluno da instituição, está de portas fechadas. “Sempre venho aqui para estudar, o espaço é bom. Mas agora fiquei meio sem opção”, conta Guilherme Macedo, 36 anos. Ele estuda administração em outra instituição, mas frequenta a UnB pela proximidade de sua casa.

 

Não só os alunos são afetados pela paralisação. A queda no movimento preocupa também quem trabalha na universidade. Edilma Queiroz, dona da banca de jornais que funciona no Instituto Central de Ciências (ICC) conta que nesta semana o movimento já caiu 90% em relação ao fluxo normal. “O impacto é total porque a gente tem que pagar todos os impostos, o aluguel, todos os encargos que a UnB também não abre mão, independentemente da greve. E a gente não sabe quando essa greve vai acabar”, diz.


Agência Brasil