Em menos de cinco meses, um posto de combustíveis localizado na Avenida Barão de Gurgueia, na zona Sul de Teresina, foi alvo de bandidos pela quarta vez e o dono diz que não aguenta mais ser assaltado. O último assalto foi praticado no início da noite dessa quarta-feira, 06.
Ao todo, o empresário que prefere não se identificar contabiliza um prejuízo de R$150 mil. Ele relata que todos os assaltos tiveram as mesmas características. Nos quatro, os bandidos estavam em carros e armados com pistola.
O primeiro assalto aconteceu em junho deste ano. “Foi 11 horas da manhã. Eu estava indo para um banco que fica em frente ao posto e me abordaram. Levaram R$45 mil”, conta o empresário.
No segundo assalto, por volta das 4h da madrugada, os criminosos usaram um maçarico e abriram uma porta do posto. Na ação, eles levaram um cofre onde estavam guardadas documentações do estabelecimento e R$94 mil.
Na terceira vez, os assaltantes abordaram o frentista do posto. “Eles disseram que era uma parada dada e que sabiam onde estava dinheiro. Foi por volta de 18h30 e levaram R$2.300”, afirma o empresário.
O último assalto, praticado no início da noite de ontem, foi registrado pelas câmeras do circuito interno de segurança do posto. Nas imagens[veja abaixo] um dos assaltantes revista os bolsos do frentista.
“Ontem eu adoeci e não estava no posto. As 18h30 da tarde, os bandidos estavam em um Fox preto. Foram no meu frentista pedindo as chaves, querendo entrar no posto para recolher o dinheiro. O frentista disse que não tinha dinheiro ainda levaram R$1000. Eram dois homens”, detalha o empresário.
Retaliação
O empresário desconfia que os assaltos sejam resultados de uma possível retaliação. Ele afirma que no seu posto o litro de gasolina é mais barato que nos outros postos localizados na Avenida Barão de Gurgueia. Ele afirma que não faz parte de cartel para combinar preço de combustível.
O proprietário do posto está assustado com os assaltos e contratou seguranças armados para se proteger. “É um assalto por mês. Já estou esperando o assalto do próximo mês. Eu tenho o posto há sete anos e sempre fui assaltado por motoqueiro, que levava R$200, R$500 reais. É muito estranho o modo como estes últimos assaltos foram praticados e é está na cara que tem algo por trás disso. Desconfio que seja porque não aumentei o preço da gasolina e queiram me tirar do mercado”, suspeita.
Os casos foram denunciados ao 3º Distrito Policial e depois encaminhados ao Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
cv