• prefeutura-de-barao.jpg
  • roma.png
  • vamol.jpg
  • WhatsApp_Image_2025-06-06_at_12.28.35_2.jpeg

Em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o ministro do Gabinete da Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, foi apresentado como coordenador do plano de segurança do governo para tentar acabar com a greve dos caminhoneiros, que completa o quinto dia nesta sexta-feira, 25.

pmgreve

Os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Segurança Pública, Raul Jungmann, da Secretaria de Governo, Carlos Marun, e da Defesa, Silva e Luna, também integram a chamada "sala de situação", que acompanha os andamentos dos trabalhos junto da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo Etchegoyen, o grupo se reuniu hoje duas vezes ao dia, de manhã e à tarde, e continuará com as reuniões periódicas durante todo o final de semana. O ministro disse que o objetivo é assegurar abastecimento de itens críticos à população.

Pela manhã, após conversa com o presidente Michel Temer, o grupo estabeleceu uma lista de prioridades para atuar, que foi aprovada por Temer. Segundo Etchegoyen, já houve atuação na Refinaria de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde há intervenção militar, e a situação "já normalizou praticamente quase na integralidade". "Isso vai limpando horizonte para nós", avaliou o ministro.

Ele considerou que, desde ontem, está caindo a taxa de interdições nas vias brasileiras. "Estamos chegando a um bom momento."

Ethegoyen destacou ainda que todos os instrumentos do governo estão em condições de serem empregados para atuar para garantir o abastecimento nos estados e que o governo "não deixará de usar a energia necessária em nenhum momento.

O ministro Padilha disse que, apesar do acordo do governo com os caminhoneiros não ter acabado com a greve, de ontem para hoje foram constatados "avanços muito importantes".

"Há resistência por parte de alguns. Às vezes a resistência de uma minoria barulhenta chama mais atenção do que a maioria", disse.

 

men

O presidente Michel Temer está no Palácio do Planalto e decidiu participar da reunião de avaliação marcada para a manhã deste sábado, 26, para mapear a situação do desabastecimento no País. Embora o governo tenha dados de que os pontos de congestionamento diminuíram, a situação ainda é considerada crítica porque muitos pontos estratégicos ainda estão sem funcionamento, como é o caso do aeroporto de Brasília, que não havia registrado a chegada de caminhões de combustível, obrigando o cancelamento de cerca de 40 voos.

temmer

As Forças Armadas foram convocadas pelo presidente para ajudar na garantia da distribuição dos produtos e, por exemplo, na refinaria Duque de Caxias, já houve saída de caminhões. Mas a situação ainda é bastante complicada não só no Rio de Janeiro, mas em todos os Estados.

Nesta reunião de avaliação do Planalto, estão presentes os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Defesa, general Silva e Luna, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, entre outros. A participação de Temer não estava prevista, mas ele decidiu ir para o Palácio do Planalto e foi direto para o quarto andar, onde a reunião acontece para acompanhar a avaliação da situação.

Não só neste sábado, mas também neste domingo, 27, está prevista uma reunião de avaliação no Planalto para "acompanhar a conjuntura, a evolução dela, e fazer um alinhamento das percepções porque isto é uma operação de interagências, com Forças Arnadas trabalhando de forma integrada com outras forças, federais e estaduais, e isso precisa ser alinhado", conforme havia informado o ministro da Defesa. Após o encontro, uma entrevista deverá ser concedida.

 

msn

maesHá algumas semanas, mensagens nas redes sociais têm relatado supostos sequestros de crianças em Teresina. Na manhã desta sexta-feira (25), mães da Zona Norte de Teresina fizeram protesto para chamar a atenção para o problema. Contudo, o delegado titular da região, Tales Gomes, disse que os casos não passam de boato.

Lidiane Neves é uma das mães que participou do protesto e cujo filho, segundo ela, quase foi sequestrado há alguns dias. Ela disse que o menino quase foi levado da porta de casa.

“Eu achei que era mentira, mas ele me garantiu que um homem em um carro preto tentou pegar ele pelo braço e uma mulher ajudou ele a fugir. Ele disse que depois disso, essa mulher correu, não conseguimos localizar. Ele ficou até com um arranhão no braço”, contou ao G1.

O delegado Tales Gomes disse que os casos não passam de boato. A única denúncia que chegou até a delegacia, segundo ele, foi o caso de Lidiane. Ele contou que quando chegou à delegacia, o menino já tinha sinais de cicatrização no suposto arranhão.

Eles disseram que tinha acabado de acontecer e o corte já estava cicatrizando. Já disseram que era um carro preto, depois um carro branco. E até o marido da pessoa que veio denunciar disse que acha que é mentira. Isso não passa de boato”, declarou.

 

G1 PI

Foto: Lorena Linhares/G1

A  paralisação de caminhoneiros chega ao 5º dia e já começa a abalar todos os setores que dependem do transporte de insumos - inclusive o de saúde. Entidades nacionais do setor procuradas pelo G1 informam que o efeito da greve e da falta de combustível está começando a ser sentido no abastecimento de medicamentos e no cancelamento de cirurgias não emergenciais. Também há crises localizadas em alguns estados (confira abaixo).

A preocupação mais urgente e mais imediata nesse momento, contudo, é com a circulação de ambulâncias: em Minas Gerais e no interior de São Paulo, parte da frota deixou de circular. Outro ponto de alerta são os insumos necessários para a realização de cirurgias e de procedimentos. Como não chegam a hospitais, a ausência desses materiais está gerando cancelamentos.

Em Santa Catarina, a secretaria de Saúde anunciou o cancelamento de todas as cirurgias eletivas (não emergenciais) em treze hospitais da rede estadual por falta de material cirúrgico. Já em Santos (SP), houve cancelamento de vacinas por falta de reposição; em Pernambuco, os estoques de oxigênio estão pela metade. Há também alguns equipamentos laboratoriais que funcionam a diesel e não possuem reservas.

Abaixo, um resumo da situação em algumas regiões:

Alguns hospitais de Minas Gerais, Pará e interior de São Paulo funcionam com parte da frota de ambulâncias;

Há cancelamento de cirurgias não emergenciais em Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), São José dos Pinhais (PR), e Juiz de Fora (MG);

Falta oxigênio em Petrolina (PE), Porto Alegre (RS) e Juazeiro (BA);

Equipamentos em laboratório que funcionam a diesel não possuem reservas a longo prazo, informa entidade;

Faltam alimentos em hospitais de Porto Alegre (RS);

Santa Casa de Sorocaba (SP) cancelou exames;

Santos (SP) cancelou vacinação.

Ambulâncias e funcionários

Afora algumas situações já instauradas, há a preocupação com o atendimento de ambulância, com a presença de funcionários nos hospitais e com o abastecimento de caldeiras em laboratórios, que funcionam a diesel e não possuem reservas para longos períodos.

O consenso é que, por enquanto, não há consequências tão graves, mas a situação precisa ser normalizada nos próximos dias: há poucas reservas de oxigênio (PE) e o risco de falta de insumos de hemodiálise (RJ).

Tércio Kasten, presidente da presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), entidade que congrega federações de saúde estaduais, reforça que a principal preocupação é com ambulâncias.

"Se a greve persistir, o serviço de prestação de saúde terá consequências. Nossa preocupação eminente é com as ambulâncias do serviço de emergências" -- Tércio Kasten.Equipamentos a diesel

Uma outra preocupação são as caldeiras em laboratório que funcionam a diesel. Utilizada em vários setores da indústria, elas são largamente usadas na indústria farmacêutica para a fabricação de insumos.

"Grande parte das caldeiras utilizadas no setor utilizam o diesel como combustível, não dispondo de uma estocagem para longos períodos de carência", diz Kasten.

Ausência de medicamentos

Entidades também manifestaram preocupação com a ausência de medicamentos. Na quinta-feira (25), a Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias) disse que 6,3 milhões de estabelecimentos em todo o país não estão sendo abastecidos.

A rede também manifestou preocupações com terapias que precisam de refrigeração - circunstância difícil de se manter por muito tempo na estrada.

 

G1