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Na noite do último sábado, 11, o músico Nildo Viana vivenciou momentos de tensão e desespero ao ter o carro arrastado pela forte correnteza que se formou no bairro Angelim, zona Sul da capital, durante a chuva. O veículo ficou completamente tomado pela lama. Nos bancos e no bagageiro ficaram as marcas causadas pelo incidente.

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No momento da chuva, Nildo estava na companhia do filho e precisou tomar uma decisão em questão de segundos para conseguir evitar uma tragédia.

“Eu saí pelo vidro. Peguei ele bem forte e já fui colocando pra cima do carro e já fui saindo. Automaticamente, cai na água pegando ele e tirando. Tudo mundo rápido”, lembrou.

O material de trabalho do músico, que faz parte da banda Alma Roots, também ficou perdido pela força da chuva. Ele estima que o prejuízo é de mais de R$ 15 mil.

“É o meu meio de transporte. Além disso, 70% do meu equipamento estava dentro do carro e também foi embora. Hoje não sei dimensionar quanto, mas acho que tem por volta de R$ 15 mil de prejuízo. Hoje preciso agradecer a Deus por estar vivo e pensar como fazer para conseguir voltar a trabalhar”, disse Nildo Viana.

O incidente aconteceu na Avenida João de Deus Martins, na divisa entre o Angelim e a Vila Irmã Dulce, na zona Sul. O local é cheio de buracos e quando chove a água não tem para escoar

Apesar do susto e do prejuízo, o músico diz que é grato por estar vivo, mas lamenta pela situação que causou o episódio. “O importante é estar vivo e conseguir trabalhar. Só com o sentimento de revolta, porque isso não é uma coisa de uma gestão, é uma coisa de muitos e muitos anos”, desabafou.

Com informações do G1 PI

Morreu no último sábado, 11, um homem identificado como Inácio Rodrigues, de 33 anos, vítima de afogamento nas águas do açude São Vicente, em São Miguel do Tapuio, no Norte do Piauí. 

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 O comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar, Capitão Cruz, informou que vítima estava na companhia de dois colegas quando decidiram atravessar à nado o açude. Dois conseguiram, mas Inácio ficou para trás, e desapareceu nas águas.

Equipes e populares se mobilizaram para resgatar o corpo de dentro da água, constatando o óbito por afogamento. Inácio morava na zona rural de São Miguel do Tapuio.

Com informações do em foco

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel resgatou 11 trabalhadores piauienses em condições análogas às de escravidão em pedreiras nos municípios de Eliseu Martins e Elesbão Veloso. O Grupo reúne auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, Polícia Federal, Defensoria Pública da União e Ministério Público do Trabalho. Além disso, outros dez trabalhadores foram encontrados atuando de forma irregular, sem o devido registro.

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De acordo com o relatório de fiscalização, a pior situação foi encontrada em Eliseu Martins. Lá, quatro trabalhadores estavam alojados em um barraco de lona sem condições mínimas de habitação. Eles foram contratados para a atividade de quebra de pedras, realizando os serviços a céu aberto. Os empregadores não haviam disponibilizado alojamento adequado, de modo que os trabalhadores tinham que pernoitar em redes penduradas na estrutura do barraco, sujeitos a sol e chuvas.

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Além disso, não foi disponibilizado instalações sanitárias nas frentes de trabalho e nem no local onde pernoitavam, obrigando os trabalhadores a utilizarem o mato para realização das necessidades fisiológicas e a se banharem ao relento com a utilização de vasilhas. “Os alojamentos tinham condições totalmente precárias. Não foi disponibilizado local adequado para o preparo e consumo dos alimentos, fazendo com que os trabalhadores tivessem que improvisar fogareiros para essa atividade. Como não havia estrutura nos alojamentos, até mesmo insetos foram encontrados nos alimentos dos trabalhadores. Condições totalmente precárias”, lamentou o procurador do Trabalho, José Wellington Soares, que acompanhou a Operação.

Já os outros sete trabalhadores da pedreira localizada em Elesbão Veloso estavam alojados no alpendre de um mercadinho, e no quintal, em um povoado próximo ao local de trabalho. “A situação de alojamento também era degradante. Não havia instalações sanitárias adequadas, os trabalhadores dormiam em redes nesse alpendre sem privacidade e totalmente expostos a quem passava pela rua. Além disso, não havia local para armazenamento adequado dos objetos pessoais dos trabalhadores, que tinham que deixar em mochilas expostas no chão”, relata o procurador.

O Grupo Móvel conseguiu identificar os empregadores e, após os resgates, os trabalhadores foram encaminhados aos órgãos municipais de assistência social dos respectivos municípios. Além disso, os empregadores foram notificados a tomar uma série de providências, inclusive o pagamento de verbas rescisórias dos empregados resgatados num valor total de R$ 49.714,56, o que foi feito durante a fiscalização. Além disso, foram firmados termos de ajustamento de condutas com o MPT e DPU, nos quais foram estabelecidos danos morais individuais e coletivos a serem pagos pelos responsáveis. Os trabalhadores resgatados terão direito a três parcelas de seguro-desemprego especial de trabalhador resgatado, emitidos pela auditoria fiscal do trabalho.

O procurador José Wellington ressalta que a atividade de pedreiras já vem chamando a atenção do MPT há algum tempo. No ano passado, a maioria dos resgates foram feitos nessa atividade. “Tivemos um aumento na realização de obras de pavimentação por todo o Estado e, durante as fiscalizações, temos encontrado as irregularidades, não apenas da falta de registros, mas também a ausência das condições mínimas nos alojamentos. Vamos nos manter vigilantes até cessar essas irregularidades”, frisou o procurador, destacando que as pedreiras estavam atuando para fornecer material para obras públicas de pavimentação de ruas de cidades da região, como Eliseu Martins e Francinópolis.

Esse é o primeiro resgate de trabalhadores que aconteceu no Piauí em 2023. No ano passado, o Estado ficou em terceiro lugar no Brasil que mais efetuou resgates, contabilizando 180 trabalhadores resgatados. Nesse ano, 78 trabalhadores piauienses já foram resgatados em situação análoga à de escravidão em fazendas de cana-de-açúcar em Goiás.

MPT PI

Nesta sexta-feira, 10, a Polícia Federal deflagrou a operação Bórgias com objetivo de desarticular uma organização, instalada no município de Codó (MA), especializada em fraudes contra a Previdência Social. O grupo criminoso causou um prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.

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Ao todo estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão e oito de busca e apreensão em Teresina e em Codó (MA).

No decorrer da investigação, foram identificados 77 benefícios atrelados à organização criminosa, dos quais foi confirmada fraude em 32. Destes, eram oito benefícios de pessoas fictícias e 24 pertencentes a segurados falecidos.

As fraudes ocorrem em sistemas do INSS, através da inserção de documentos falsos, alteração de dados e locais de pagamento de beneficiários falecidos (saque pós-óbito), fictícios e vivos, valendo-se de diversos idosos falsários para consecução dos crimes.

Para os 32 benefícios com fraude comprovada, constatou-se que o prejuízo efetivo no valor de R$ 2.056.337,22. Estima-se que, com a posterior revisão administrativa dos benefícios por parte do INSS e cessação dos pagamentos, haverá uma economia aos cofres públicos no montante de R$ 1.739.805,26.

Ainda segundo a PF, o grupo criminoso é, supostamente, responsável por uma série de flagrantes no Estado do Piauí que acontecem, pelo menos, desde 2020.

Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato majorado, falsidade ideológica , uso de documento falso, apropriação de bens de pessoas idosas e lavagem de bens e valores.

O nome Bórgias, que tem origem numa família italiana renascentista marcada por crimes, guarda relação com os fatos apurados visto que os principais investigados são membros de uma mesma família especializada em cometer crimes contra a Previdência Social reiteradamente.

Com informações do cv

Foto: divulgação PF