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titteA Conmebol e a Fifa dizem que o calendário das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022 não vai mudar. Ou seja, até contra ordem, haverá 18 rodadas, turno e returno, na classificação para o Mundial, o que significa que o torneio pode terminar apenas na data Fifa de março de 2022. Se isto se confirmar, o Brasil deve ficar sem enfrentar nenhum adversário de nenhuma outro continente, exceto a América do Sul, até junho de 2022.

Depois da derrota para a Bélgica, nas quartas-de-final da Copa do Mundo da Rússia, em 2018, a seleção brasileira só enfrentou um rival europeu. Ganhou da República Tcheca, em Praga, no dia 26 de março de 2019. A dificuldade para escolher adversários europeus já é conhecida e explicada pela comissão técnica da seleção. Primeiro pela Liga das Nações, depois pelas eliminatórias da Eurocopa, o que torna difícil para os sul-americanos se encontrarem com a elite do futebol europeu.

Mas a Argentina enfrentou a Alemanha em outubro e o Uruguai jogou contra a Hungria.
O problema a partir de agora não será o calendário europeu, mas o sul-americano. Como a Conmebol não cancelou a Copa América, apenas a transferiu de 2020 para 2021, as datas de junho do ano que vem também ficarão comprometidas para confrontos apenas contra sul-americanos. O correto seria anular o torneio continental.

Isto não aliviaria completamente o calendário, porque haverá Eurocopa no mesmo período. Mas seria possível marcar amistosos contra europeus eliminados da Euro. Para a edição de 2016, por exemplo, a Holanda não se classificou. Ou seja, haveria chance de algum adversário forte.

Da maneira como a Conmebol definiu o calendário, só haverá datas para amistosos e possíveis tentativas para enfrentar rivais da Europa em junho e setembro de 2022. Na história, o Brasil só ficou os quatro anos do ciclo do mundial, sem enfrentar europeus, antes das Copas de 1930, 1934, 1938, 1950 e 1954.

Em 1956, a seleção excursionou à Europa onde realizou sete partidas, contra Portugal, Suíça, Áustria, Tchecoslováquia, Áustria, Turquia e Inglaterra. Dois anos depois, venceu o Mundial na Suécia. Nas dezesseis Copas seguintes, o Brasil sempre fez intercâmbio e conquistou cinco destes dezesseis mundiais. Sempre enfrentou europeus antes de chegar ao ano da Copa do Mundo.

Em 2018, Tite pode ter um problema extra. Se também não será bom para as principais seleções da Europa não jogar contra sul-americanos, para o treinador do Brasil faltarão testes contra escolas diferentes da sul-americana.

 

GE

Foto: Brenno Costa

felpaoLíder isolado do Campeonato Brasileiro de 2019 antes da parada para a Copa América, o Palmeiras teve uma queda brusca de desempenho e resultado no segundo semestre do ano passado. A piora causou a saída de Felipão e o fim das chances de título do Alviverde na temporada.

Em entrevista aos canais Fox Sports, o treinador veterano tentou explicar o que causou a queda de produção da equipe. “Nós tínhamos uma situação de trabalho e organização em que nos baseávamos bastante nas características daqueles atletas que estavam jogando. E quem nos dava todo um suporte para ter aquele estilo de jogo e aquela agressividade era o Deyverson”, contou.


“O Deyverson fazia aquela marcação muito forte na saída de bola do adversário e trazia junto com ele os nossos jogadores. E nós, quando começamos a trabalhar com a equipe no começo da Copa América, já notamos que o time não tina aquela agressividade, aquela postura, e nem o Deyverson conseguia dar mais aquilo que pretendíamos”, seguiu Felipão.


O Palmeiras perdeu a liderança do Campeonato pela primeira vez no fim de julho, para o Santos, na 12ª rodada. A equipe de Scolari ainda seria eliminada da Copa do Brasil pelo Internacional nas quartas de final, e da Libertadores pelo Grêmio nas semifinais.

 

“E aí não conseguimos arranjar a equipe de forma que ela fosse igual aqueles nove primeiros jogos. As derrotas da Copa do Brasil quando já estávamos quase na semifinal, contra o Internacional nos pênaltis, e depois a derrota em casa para o Grêmio de virada (pela Libertadores), foram fatores que influenciaram a nossa saída”, explicou o treinador.

 

“Nós não conseguimos mais fazer com que a equipe jogasse daquela forma, que jogávamos desde que chegamos no Palmeiras em 2018. E as alternativas que nós procurávamos também não correspondiam a aquilo que nós pretendíamos. Os atletas tentavam, mas não era a mesma coisa, não conseguíamos dar sequência naquele trabalho”, concluiu.

Felipão foi demitido no início de setembro, após derrota por 3 a 0 para o Flamengo no Maracanã. Dias depois, o clube anunciou a chegada de Mano Menezes, que saiu do clube menos de três meses depois.

 

gazeta

Foto: César Greco/Palmeiras

 

gabrielmartinelliGabriel Martinelli, revelação do último Campeonato Paulista, estava na mira do São Paulo. No entanto, os planos de Cuca, então técnico do Tricolor Paulista, foram frustrados pelo Arsenal, da Inglaterra, que ofereceu seis milhões de libras (cerca de R$ 30 milhões) e fechou com o atacante.


“Em 2004, trouxemos Grafite, Cicinho, Josué, Rodrigo. Hoje, onde você consegue encontrar jogadores. A gente estava disputando Paulista e monitorando o Gabriel Martinelli. Mas a luta é desigual, você não consegue, veio a Europa e levou”, comentou o treinador, em entrevista concedida à ESPN Brasil.

No Paulistão 2019, Martinelli foi às redes seis vezes em 14 jogos e, apesar de ter sido eliminado nas oitavas de final, o Ituano terminou invicto.


Cuca também falou a respeito da estratégia adotada pelo Flamengo para montar o elenco, que, sob o comando de Jorge Jesus, conquistou a Libertadores da América, Recopa Sul-Americana, Campeonato Brasileiro e Supercopa do Brasil.

“A montagem de time é diferente. O Flamengo montou time com jogadores consagrados, não emergentes. A busca por jogadores emergentes ficou muito mais difícil, tem os empresários, estão saindo muito mais cedo pra fora”, concluiu.

 

gazeta

Foto: Divulgação/Arsenal

 

felipaooPor conta do grande desempenho com o Flamengo na temporada passada, o técnico Jorge Jesus é um forte candidato se tornar treinador da Seleção Brasileira caso Tite saia. Contudo, há quem o rejeite no comando do Brasil devido a sua nacionalidade portuguesa.

Em entrevista à Fox Sports nesta quarta-feira, o técnico Felipão revelou que não concorda com essa ideia. O ex-Palmeiras destacou que um treinador bom é capaz de trabalhar em qualquer parte do mundo e que os brasileiros deveriam dar exemplo de receptividade.


“Não concordo com o pensamento de alguns campeões do mundo. Técnico bom e com qualidade não tem nacionalidade. Se o Jesus for escolhido em uma oportunidade para ser o técnico da Seleção Brasileira, ele o será com muito trabalho, com muita boa vontade e dedicação, como ele fez e faz nos seus clubes, lá em Portugal e agora no Flamengo. Eu acredito que um técnico bom pode trabalhar em qualquer parte do mundo”.


“Eu pelo menos trabalhei em sete países e sempre fui muito bem recebido, e espero que meus colegas, se tiverem alguma pequena rusga com técnicos estrangeiros, que deixem de lado, porque nós brasileiros quando saímos somos muito bem recebidos em qualquer parte do mundo, então deveremos dar como exemplo também a receptividade. E todos os técnicos, independente de serem portugueses, ou qualquer outra nacionalidade, sendo bons, tem lugar em qualquer ambiente”, concluiu Felipão.

 

gazetaesportiva

Foto: Fernando dantas / Gazetapress