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O tabagismo está presente no Brasil e no mundo há muito tempo. Com o passar dos anos, outros produtos foram desenvolvidos para saciar a necessidade e desejo dos fumantes. Nesse contexto surgiram os cigarros eletrônicos.

cigeletro

Esse novo tipo de cigarro é proibido no Brasil desde 2009, quando a Anvisa proibiu a comercialização, importação e propaganda do produto no país. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente 31 países proíbem o “vape” e 79 o regulamentaram. Contudo, a proibição não surtiu qualquer efeito em solo brasileiro: os cigarros eletrônicos são comercializados livremente na porta de baladas e bares, em aplicativos de mensagens ou até mesmo em plataformas de e-commerce. Segundo o IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), atualmente temos aproximadamente 2,2 milhões de usuários no Brasil.

Esse número é preocupante, pois 100% da mercadoria comercializada é ilegal e não conta com qualquer tipo de fiscalização. Ou seja: não é possível dizer com precisão quais substâncias estão ali dentro, a quantidade de cada substância e nem mesmo a qualidade delas, alerta a farmacêutica e ex-diretora da Anvisa, Alessandra Bastos. Outro efeito colateral negativo da não regularização desse produto é o aumento de doenças relacionadas ao tabagismo e, consequentemente, maiores gastos públicos para tratamento.

Porém, quando regulamentados, os cigarros eletrônicos são 20 vezes menos nocivos à saúde por terem menos substâncias e não possuírem qualquer tipo de combustão, explica a toxicologista Silvia Cazenave. Um dos grandes exemplos mundiais é a Inglaterra, onde os “pods” são regularizados desde 2014. Dessa forma foi possível estabelecer um limite máximo de nicotina, obrigatoriedade de advertência sobre o uso do produto nas embalagens e proibição de consumo para menores de 18 anos.

Os ingleses também se basearam em um dos institutos mais respeitados do mundo para traçar novas políticas públicas de saúde: o King´s College analisou mais de 400 pesquisas sobre o tema e concluiu que os níveis de substâncias tóxicas em consumidores de cigarros eletrônicos são iguais ou menores aos de consumidores de cigarros convencionais e que os fumantes apresentam uma tendência de troca do cigarro convencional pelo cigarro eletrônico com o passar do tempo. Isso torna os “vapes” uma alternativa para redução de danos e auxílio no controle do tabagismo.

Pensando nisso, o governo inglês incorporou o produto ao Programa Nacional de Redução de Danos à Saúde. Em abril, o Sistema de Saúde Público Inglês (NHS) distribuiu mais de um milhão de kits com vaporizadores para a população fumante como iniciativa do projeto “Trocar para parar”. No momento, 13% da população é fumante e a meta é que até 2030 esse índice seja reduzido para menos de 5% - tornando o país livre do tabagismo. A grande inspiração é a Suécia, que está próxima de atingir o número e viu os casos de câncer diminuírem em 41%.

Realizado em junho, o Fórum Global sobre Nicotina (GFN) contou com especialistas e fabricantes do mundo inteiro e indica que a regulamentação dos cigarros eletrônicos é a melhor maneira de ter um controle de qualidade, mesmo que isso ainda não garanta ausência de riscos à saúde.

Konstantinos Farsalinos, cardiologista e pesquisador grego faz um alerta para que todos os países regulamentem o uso: “quanto mais se demora para tomar a decisão de regularizar os cigarros eletrônicos, menos opções os fumantes terão para abandonar o cigarro tradicional, o que torna o processo ainda mais difícil para eles.”

Atualmente existem 20 milhões de brasileiros fumantes e a ANVISA deve rever a decisão de proibição de cigarros eletrônicos ainda esse ano. Esse pode ser o início de uma mudança do quadro do tabagismo no Brasil, aumentando a segurança para quem consome, diminuindo gastos públicos com doenças e ainda possibilitando a criação de novos empregos e arrecadação por meio de impostos.

R7

Foto: reprodução

A Epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por uma desorganização nas ondas cerebrais, que ocorre por determinado período de tempo. O que acontece é um mau funcionamento na emissão de sinais para os neurônios (células presentes no cérebro) que acabam recebendo impulsos elétricos incorretos no sistema nervoso. Esta alteração é reversível, ou seja, a pessoa volta ao seu estado normal.

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Apesar de ser tratado com o uso de medicamentos específicos, não são todos os pacientes que têm uma reação positiva ao tratamento. Um estudo feito por cientistas do Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, mostrou que as interrupções das ligações cerebrais, estão associadas a lesões e descobriram formas de mapeá-las.

Esta condição pode ser gerada por um acidente cerebral, como por exemplo, um AVC (acidente vascular cerebral). Contudo, algo que, até então não havia ficado claro para os pesquisadores, é o motivo de alguns sofrerem com a alteração temporária e outros que tiveram incidentes, não apresentarem danos ligados à epilepsia. A equipe de pesquisadores do Brigham and Women's, realizaram um estudo inédito que mostra que a causa da condição neurológica, não está apenas ligada às lesões causadas por um incidente, mas sim, nas interrupções das conexões cerebrais geradas pela mesma.


A pesquisa foi publicada na revista Jama Neurology, no último domingo (2), e mostra um avanço na forma de diagnóstico e melhoria para indicar o tratamento adequado ao paciente. "Usando um diagrama de conexões do cérebro humano, o mapeamento de rede de lesões nos permite ir além da localização individual da lesão e mapear o circuito cerebral conectado a ela", disse Frederic Schaper, um dos autores do trabalho.

Foram analisadas informações de mais de 1.500 pacientes que sofreram danos no cérebro, em hospitais dos Estados Unidos e da Europa, além disso, foram extraídas dados dos veteranos de combate do Vietnam Head Injury Study, de um estudo realizado na década de 60. Segundo Marcelo Lobo, neurologista do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, este estudo é essencial para a compreensão da epilepsia e da conectividade cerebral.

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Foto: Banco de imagens/divulgação

Você já sentiu desânimo durante as suas tarefas rotineiras ou na prática de atividades físicas enquanto estava no período menstrual? Pois saiba que esta sensação é normal durante o ciclo, e tudo é influenciado pelos hormônios que são substâncias químicas mensageiras do corpo. Se você se sente indisposta, com falta de ânimo e irritações durante o seu treino, esses sentimentos podem estar ligados com seu ciclo menstrual.

desanimo

Durante o período do ciclo menstrual, os níveis de estrogênio e progesterona (hormônios produzidos no ovário) costumam oscilar muito e por isso pode dar a sensação de irritabilidade e desânimo durante os treinos ou tarefas do dia.

Um estudo realizado pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP, revelou que as mulheres que estavam na fase lútea (segunda e última) do ciclo menstrual, sentiram “mais esforço e menos prazer”, durante os treinos. Contudo, alguns especialistas no assunto deram dicas de como aproveitar os treinos em cada fase do período menstrual. Mas primeiro vamos entender como funciona o ciclo menstrual e suas fases.

Em média o ciclo menstrual dura cerca de 28 dias, entretanto, ele pode se estender até 32 dias, pois cada um tem suas características individuais. Alguns também podem ser irregulares. Ele se apresenta em duas fases, a folicular e a lútea. Fase folicular

Esta fase é caracterizada pelo cansaço, pois é a que produz menos hormônios. Segundo a ginecologista e obstetra que atende no Núcleo de Medicina Afetiva (NuMA), Patrícia Carvalho, nesta fase, apenas na ovulação é quando temos mais disposição dentro deste período

Fase lútea

Esta fase representa o fim do período menstrual e por isso é um momento de introspecção. Devido a alta concentração de estrogênio, conforme informado pela Patrícia Carvalho em entrevista ao G1

Especialistas indicam exercícios mais leves durante a fase folicular, visto que, as mulheres podem sentir cólicas, fadiga, cansaço e dor de cabeça. Contudo, durante a o período ovulatório, o recomendado são treinos de musculação e força, no entanto, a prática não é indicada para todos. Por isso, procure um profissional especializado para orientação. Já no final do ciclo menstrual, na fase lútea procure atividades mais tranquilas, como pilates, yoga e dança para proporcionar um relaxamento da tensão pré-menstrual (TPM).

3 min de leitura R7

Foto: Banco de imagens divulgação/reprodução

 

A ferritina é uma proteína produzida pelo fígado e tem como função armazenar o ferro que ingerimos em nossas refeições, além de também regular a quantidade utilizada, pois, em excesso, pode ser prejudicial.

ferritina

O mineral é de extrema importância para a saúde, já que atua no transporte de oxigênio, no metabolismo e no desenvolvimento físico e mental, o que a torna muito essencial para o bom funcionamento do organismo.

Por isso, detectar os níveis dessa substância nas células do corpo é um dos meios mais úteis para identificar o excesso ou a deficiência de ferro, ambos prejudiciais para a saúde.

Contudo, é possível que a produção de ferritina também seja alterada por outros distúrbios, como inflamações, infecções e doenças hepáticas, que são aquelas que acometem o fígado.

Portanto, o exame de ferritina é necessário e solicitado quando houver suspeita de algum desequilíbrio nos níveis de ferro e, inclusive, de anemia ferropriva.

Para saber mais sobre o exame de ferritina, quando é solicitado e seus valores de referência, continue acompanhando o artigo!

Índice - Neste artigo, você encontrará:

Quando o exame de ferritina é solicitado? Quais doenças o exame identifica? Como é feito? Ferritina alta e baixa Valores de referência Como aumentar a ferritina no organismo?

Quando o exame de ferritina é solicitado?

O exame de ferritina sérica pode ser solicitado durante testes de rotina por meio do hemograma ou outros tipos de exames que avaliam as células sanguíneas.

Ele também pode ser indicado se houver suspeita de redução dos níveis de ferro no organismo ou algum distúrbio relacionado, como no sangue ou fígado. Quais doenças o exame identifica?

Uma das principais doenças que o exame de ferritina identifica é a anemia ferropriva, causada pela deficiência de ferro. Além disso, por ser uma proteína produzida pelo fígado, é comum que a irregularidade de ferritina reflita doenças nesse órgão.

O exame também pode ajudar no diagnóstico de infecções, inflamações, doenças autoimunes e outras patologias.

Quando alterados, os níveis de ferritina são indicativos de que algo não está normal no organismo, contudo, apenas esses resultados podem não ser suficientes para indicar um problema.

Portanto, com base na avaliação médica, deverão ser feitos outros exames para direcionar um parecer e para fechar um diagnóstico mais preciso. Como é feito?

O exame de ferritina é feito por meio de uma amostra de sangue coletada. A partir dela, é realizada uma análise laboratorial que identifica os níveis dessa proteína no sangue. Ferritina alta e baixa

Os níveis de ferritina indicados no exame podem variar de acordo com a idade, sexo e outros contextos mais específicos, como a gravidez. O valor normal costuma estar entre 40 e 200ng/mL de sangue.

Vale reforçar que é necessária uma avaliação médica ou nutricional para a interpretação correta dos resultados de acordo com a necessidade do(a) paciente.

Quando é detectado que a ferritina está mais alta ou baixa que o esperado, é preciso buscar compreender a razão e encontrar uma solução. Entenda mais a seguir: Alta

Níveis elevados de ferritina podem indicar excesso de ferro no organismo. Essa condição deve ser tratada, já que o ferro em excesso pode ser tóxico para as células e tecidos, causando reações negativas.

Porém, seu aumento também pode acontecer por outros motivos, sem modificar os níveis desse mineral no sangue.

Doenças hereditárias, distúrbios no fígado, processos inflamatórios, infecções, disfunções metabólicas e hepáticas, como hepatite B e C, esteatohepatite não alcoólica e doença hepática alcoólica são algumas das condições que podem aumentar os níveis de ferritina.

Por isso, outros exames devem ser realizados para identificar a causa do desequilíbrio na produção de ferritina. Baixa

Se os níveis de ferritina estiverem abaixo do recomendado, pode ser necessária a reposição de ferro no organismo, visto que uma das razões pode ser a deficiência desse mineral já em fase aguda.

Além disso, vários fatores podem causar essa desregulação. Alguns exemplos são situações em que houve perda de sangue, podendo ser, até mesmo, durante um período menstrual intenso.

Casos de hipotireoidismo, por exemplo, também podem reduzir o nível da proteína no sangue. Diante desses resultados, o(a) profissional que acompanha o(a) paciente deve realizar novos exames que possam esclarecer a origem do problema.

A anemia ferropriva é um fator comum que influencia diretamente na produção de ferritina. Esse tipo de anemia é causado pela falta de ferro no sangue, e o exame de ferritina é fundamental para detectar a doença. Valores de referência

Pessoas saudáveis devem apresentar níveis de ferritina que variam entre 40ng/mL e 200ng/mL. Contudo, como vimos, esse número muda de acordo com o sexo, idade e outros fatores.

O valor médio para homens adultos é de 88ng/mL, enquanto para mulheres é de 49ng/mL. Apenas uma análise médica pode determinar qual é o valor necessário, pois cada paciente tem suas particularidades. Como aumentar a ferritina no organismo?

Se os baixos níveis de ferritina foram causados por algum distúrbio que não tem relação direta com a quantidade de ferro no organismo, essa patologia deve ser tratada conforme orientado por seu(a) médico(a).

Entretanto, se estiver ligado diretamente à falta de ferro, esse mineral pode ser adquirido por meio da alimentação. Existem diversos tipos de carnes, vegetais, cereais e frutas ricas em ferro que podem ajudar a restabelecer os níveis do mineral no organismo.

Alguns dos alimentos mais recomendados são:

Feijão; Lentilha; Ervilha; Soja; Grão-de-bico; Brócolis; Couve; Espinafre; Gema de ovo; Sementes de girassol e abóbora; Carnes bovina, de frango e porco.

Além disso, também há a opção de consumir suplementos de ferro. Porém, a suplementação requer recomendação médica para evitar sobredose e novas complicações para o organismo.

Por fim, também é importante realizar os exames indicados e seguir as orientações recomendadas por seu(a) médico(a), pois cada organismo se comporta de uma maneira e tem necessidades únicas.

O exame de ferritina pode direcionar diferentes diagnósticos, e por isso é fundamental que ele seja feito sob orientação médica. A mesma regrinha vale para a análise, já que, se necessário, podem ser solicitados outros exames após o resultado deste para confirmar o diagnóstico.

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Fontes consultadas

R7