Nesta última quarta-feira (8), uma pesquisa publicada na revista The Lancet Healthy Longevity observou a possibilidade de riscos no tratamento de reposição de testosterona para o sistema cardiovascular masculino.
De acordo com a pesquisa, os homens que realizam a reposição de testosterona não estão sujeitos a um risco maior que outros homens que não realizam. Entretanto, ainda há algumas indagações a respeito do tratamento. Isso porque, segundo o estudo, havia algumas descobertas inconsistentes em pesquisas anteriores que se baseavam, em sua maioria, em dados agregados de ensaios clínicos, ao invés de dados individuais. Por isso, os autores da pesquisa publicada nesta quarta feira utilizaram 35 ensaios clínicos dos quais 17 forneceram dados de participantes individuais e 18 agregados. Além disso, fizeram testes utilizando placebo, substância que não tem efeito no organismo e a testosterona, constatando que não houve alterações significativas para homens que receberam a reposição de testosterona.
O tratamento de reposição de testosterona é realizado, tanto em mulheres quanto homens, que apresentam hipogonadismo, ou seja, que tem um mau funcionamento das gônadas, ovários e testículos, respectivamente, gerando dificuldades de produção de determinados hormônios. No caso dos homens, o tratamento é feito com a reposição de testosterona que é o principal hormônio masculino.
“A prescrição de testosterona para hipogonadismo está aumentando globalmente, mas mensagens conflitantes sobre sua segurança podem ter levado muitos pacientes a não receberem o tratamento. Estudos em andamento devem ajudar a determinar a segurança a longo prazo da testosterona, mas, enquanto isso, nossos resultados fornecem a garantia necessária sobre sua segurança a curto e médio prazos”, afirmou a autora principal do estudo, Jemma Hudson, da Universidade de Aberdeen na Escócia.
A pesquisa reconheceu a segurança do tratamento, porém, ainda há uma limitação no estudo para se afirmar a segurança a longo prazo.
R7
Foto: Reprodução/Dr. Ruimário