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Um estudo feito em Hong Kong, com mais de 1,4 mil pacientes e publicado na revista The Lancet Microbe no último dia 15 de julho, concluiu que a CoronaVac induz a produção de uma quantidade de anticorpos contra a covid-19 até 10 vezes menor do que a vacina da Pfizer/BioNTech.

Ao divulgar o resultado, o jornal francês Le Monde relembrou que diversos países que utilizaram de maneira massiva a CoronaVac para imunizar suas populações registraram novas ondas de contaminação. Mesmo assim, a vacinação se mostrou eficaz na prevenção de formas graves de covid-19.

O estudo, que comparou as duas vacinas que estão disponíveis no país, foi realizado por pesquisadores da Universidade de Hong Kong em 1.442 profissionais de saúde que receberam duas doses de imunizantes.

Resultados do estudo O artigo especifica que a quantidade de anticorpos não permite avaliar o nível de imunidade conferido por uma vacina, mas que "as diferenças nas concentrações de anticorpos neutralizantes identificados em nosso estudo poderiam resultar em diferenças substanciais na eficácia da vacina”.

Os pesquisadores também afirmam que os pacientes que receberam doses da CoronaVac apresentaram níveis de anticorpos similares aos de pacientes que contraíram covid-19 e se curaram. Os resultados fortalecem as evidências que mostram que as vacinas de RNA-mensageiro exibem uma eficácia maior do que as feitas com tecnologias tradicionais, com vírus inativados. Essas últimas, no entanto, não necessitam de armazenamento em temperaturas abaixo de -70°C, o que dificulta sua distribuição para muitos países.

Entre os países que tiveram novas ondas de contaminação mesmo com uma alta taxa de vacinação entre os habitantes estão os Emirados Árabes, as Ilhas Seychelles, a Mongólia, o Chile e o Uruguai. Todos esses vacinaram suas populações com a CoronaVac e a vacina da Sinopharm, ambas desenvolvidas na China com tecnologia de vírus inativado.

No entanto, é importante ressaltar que o maior número de casos graves e mortes, na maior parte dos países, vem sendo registrado entre pessoas que não receberam nenhuma dose de vacinas.

R7