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Pesquisadores do Hospital Universitário Vall d'Hebron (VHIO) de Barcelona (Espanha), do Hospital Policlínico de Milão (Itália) e da Universidade de Basel (Suíça) identificaram que durante a gravidez a placenta exerce um efeito protetor da covid-19.

O estudo foi publicado no The Journal of Clinical Investigation e busca analisar como a placenta reage com o impacto do vírus e quais as consequências ao recém-nascido.
Por meio de uma análise clínica, morfológica e molecular de um grupo de 37 gestantes que deram à luz na primeira onda da pandemia na Itália, das quais 21 tinham covid-19, observou-se que, embora o vírus fosse capaz de infectar as placentas, não houve evidência de transmissão em nenhum recém-nascido.

“Descobrimos que, embora o vírus possa infectar a placenta, em nenhum caso houve transmissão da mãe para o recém-nascido, o que sugere que a placenta pode ser uma barreira materno-neonatal eficaz contra o vírus”, destacou o chefe do grupo de Oncologia Molecular da VHIO, Paolo Nuciforo.


Os pesquisadores também destacaram que quando a carga viral na placenta está muito elevada, embora continue a atuar como barreira, pode ser gravemente afetada e influenciar o desenvolvimento do recém-nascido.


Seguindo essas linhas, o diretor do Programa de Pesquisa Pré-clínica e Translacional do VHIO e coautor do estudo, Joan Seoane, acrescentou que "ocasionalmente o covid-19 pode infectar maciçamente as células da placenta e determinar sua morte".

Além disso, os resultados da investigação mostraram que a resposta inflamatória é semelhante à observada em alguns tumores.

“Se entendermos esse sistema inflamatório poderemos desenvolver novos tratamentos”, concluiu Seoane.

 

EFE