A Anvisa autorizou nesta quarta-feira, 28, a importação da matéria-prima para fabricação da CoronaVac, pelo Instituto Butantan. A substância é produzida pela empresa chinesa Sinovac Life Sciences. A decisão atende a uma solicitação do Instituto Butantan e tem caráter excepcional.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, havia dito que o atraso na deliberação da Anvisa poderia ter efeito na produção da vacina. “Nossa previsão era iniciar a [fabricação da] vacina do Butantan na segunda quinzena de outubro. Foi solicitada para a Anvisa em 23 de setembro a autorização para importação da matéria-prima da China. Ainda não saiu. Esse atraso pode ter efeito na produção da vacina.
Cada dia que aguardamos é um dia a menos de vacina”, afirmou Covas, em entrevista coletiva realizada no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.
A liberação da importação da matéria-prima para início da fabricação da CoronaVac no Brasil se tornou uma polêmica na semana passada, quando o Butantan acusou a Anvisa de atrasar a análise da solicitação. A vacina, desenvolvida na China, é alvo constante de críticas do presidente Jair Bolsonaro.
O imunizante ainda está em estudo clínico fase III, e não tem registro no Brasil. Em comunicado, a Anvisa ressalta que “os estudos ainda estão em andamento e não existe previsão de data para a vacinação.”
Neste quarta-feira, 28, o Brasil registrou uma média móvel de 24.214 novos casos e 436,1 óbitos pela doença.
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