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Anticorpos que ajudam na luta contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) duram ao menos quatro meses depois do diagnóstico e não somem tão rapidamente como sugeriam estudos anteriores, mostra estudo publicado nesta terça-feira (1º) no "New England Journal of Medicine".

A pesquisa, segundo a agência Associated Press, é o trabalho mais extensivo até agora sobre a resposta imunológica do corpo ao vírus causador da Covid-19. Para cientistas de Harvard e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, o resultado traz uma boa notícia na busca por uma vacina.
Isso porque um dos grandes mistérios da pandemia é sobre quanto tempo o corpo consegue se proteger de uma reinfecção pelo coronavírus. Estudos anteriores indicavam que anticorpos podem desaparecer rapidamente ou simplesmente não serem formados em pacientes assintomáticos.

Este estudo foi feito pela deCODE Genetics, empresa baseada na Islândia e subsidiária da empresa de biotecnologia Amgen, com análises de 30.576 pessoas. Os cientistas usaram dois tipos de testes para o novo coronavírus: aqueles feitos com o exame de swab, que indica infecção, e testes que medem a quantidade de anticorpos no sangue.


Entre os que apresentaram resultado positivo, outros testes conduzidos posteriormente detectaram aumento nos anticorpos dois meses depois da infecção diagnosticada. Esses anticorpos permaneceram em um mesmo nível, estável, por quatro meses.

Os estudos anteriores que observavam uma queda rápida nos níveis de anticorpos possivelmente retrataram apenas a primeira onda de fabricação de anticorpos pelo corpo — essas pesquisas observavam as taxas até 28 dias depois do diagnóstico.

Pela pesquisa mais recente, os autores concluíram que há uma segunda onda de produção de anticorpos, mais duradoura e estável.
Cautela
Isso não significa, no entanto, que a resposta imune seja a mesma para todos e que os pacientes estejam livres de uma reinfecção. Recentemente, casos de pessoas que tiveram o novo coronavírus uma segunda vez começaram a aparecer.

Além disso, a pesquisa se refere apenas a pacientes da Islândia, e os cientistas recomendam cautela ao extrapolar os resultados a populações de outros países.

 

G1