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pcrtesteA Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o teste de biologia molecular RT-PCR como padrão ouro para a confirmação de casos da covid-19. Ele é o único que serve para diagnóstico porque detecta a presença do material genético do vírus, o que permite saber se a pessoa está infectada no mesmo momento em que foi testada.


É exatamente por ser uma "foto do momento", como define Alessandro dos Santos Farias, professor do Instituto de Biologia e Coordenador da Frente de Diagnóstico da Força-Tarefa de enfrentamento ao novo coronavírus da Unicamp, que ele precisa ser repetido.

"Naquele dia que testou a pessoa pode não estar infectada, mas pode estar no outro. Por isso países que fizeram um rastreamento rigoroso de casos repetiram os testes", ressalta.


Com isso, aqueles que tiveram resultados positivos para o teste e decidem repeti-lo vão saber se ainda estão ou não infectados pelo novo coronavírus.


De acordo com Farias, o período entre 3 e 5 dias após o início dos sintomas parece ser melhor para a detecção do material genético viral. "Mas não dá para bater o martelo, porque a infecção é muito variável em cada pessoa", pondera.

A sigla RT-PCR significa "reação em cadeia da polimerase acoplada a transcriptase reversa". Na prática, isso significa que o RNA - material genético do vírus - é transformado em DNA para depois ser detectado.

"O PCR é uma técnica que permite detectar poucas moléculas de DNA, ele identifica e aumenta essa quantidade", explicou em entrevista ao R7 o virologista Flávio Guimarães da Fonseca, do Centro de Tecnologia em Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Como é o exame
As amostras para o exame são retiradas do nariz ou da boca com um instrumento chamado swab, que se parece com um cotonete gigante. A análise é feita em laboratório, de acordo com a Anvisa.

Já o testes rápidos detectam a presença de anticorpos produzidos em reação à infecção pelo novo coronavírus em uma amostra de sangue retirada a partir de um furinho no dedo.


Repetir esse tipo de exame só seria últil se houvesse a garantia de uma imunidade coletiva a partir da produção de anticorpos, segundo Farias. "Mas a gente não tem certeza sobre quanto tempo [a imunidade] dura e aparentemente ela não é mediada por anticorpos", observa.

R7

Foto: Agência EFE