Na última coluna, abordei a relação entre o Alzheimer e o período da pós-menopausa. A revista científica da Sociedade Norte-Americana de Menopausa (NAMS em inglês) publicou, no dia 1º., um novo estudo que identifica a menopausa como um fator de risco para o desenvolvimento da síndrome metabólica, que engloba hipertensão arterial, excesso de gordura corporal em torno da cintura e níveis elevados de colesterol e de açúcar no sangue. Num quadro como esse, aumentam as chances de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Portanto, as mulheres devem redobrar os cuidados com a saúde, por causa da diminuição da produção do hormônio estrogênio.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido a associação entre a chegada da menopausa e o surgimento da síndrome metabólica, independentemente da idade. O novo estudo analisou dados de mais de 10 mil mulheres canadenses, entre 45 e 85 anos, e reforçou essa relação. Naquele país, a incidência da síndrome metabólica chega a 38% entre as mulheres com idades variando entre 60 e 79 anos. A boa notícia é que mudanças no estilo de vida se provam bastante eficientes para prevenir o risco de diabetes e doenças cardiovasculares.
Em abril, a revista científica “Stroke”, publicada pela American Heart Association, já havia divulgado um outro trabalho mostrando que, mesmo na meia-idade, a adoção de bons hábitos aumentava a proteção das mulheres contra derrames. Isso quer dizer que o fato de ter chegados aos 50 com um perfil sedentário e pouco saudável não deve desanimar ninguém. Os pesquisadores analisaram as informações de saúde de quase 60 mil mulheres que começaram a participar do estudo com cerca de 52 anos e continuaram a abastecer o sistema com dados por 25 anos.
Para se ter uma ideia de como mudanças no estilo de vida representam um relevante impacto positivo na saúde: o risco de derrame diminuía em 25% para as mulheres que deixavam de fumar, passavam a se exercitar durante 30 minutos diariamente e perdiam peso com uma dieta alimentar com mais pescado, grãos, frutas, legumes e verduras – e menos carne vermelha, alimentos processados e álcool.
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