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pesPrática comum na maior parte dos salões beleza e até mesmo em casa, tirar as cutículas e lixar os pés é parte da rotina de muitas mulheres.

A dermatologista Patrícia Ormiga, assessora do Departamento de Cosmiatria da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) afirma que o ideal nos dois casos é não começar a usar lixa e alicate.

"Escrava da lixa"
“A mulher se torna escrava da lixa. Quanto mais ela lixa, mais a pele engrossa”, afirma.

Patrícia explica que a primeira camada da pele é formada por queratócitos que perderam seu núcleo e se tornam apenas queratina. Esta é a parte removida com a lixa.

As células que a lixa remove são as que estariam quase prontas para sair naturalmente, porém quando são removidas, fazem com que a pele segure as células por mais tempo. A divisão celular continua e isso faz com que a pele fique mais espessa e grossa.

Segundo Patrícia, o uso de lixas pode acarretar na transmissão de micoses e outras infecções quando não são descartáveis. Para substituir as lixas, ela recomenda a utilização de hidratantes com substâncias emolientes.

O momento ideal para a aplicação é depois do banho, pois a hidratação se mantém por mais tempo. Para quem já utiliza a lixa e quer parar, a melhor maneira é buscar tratamentos que façam a queratólise, que é a quebra das células de queratina da pele aos poucos.

Por não ser uma retirada abrupta, ele não causa o engrossamento da região como a lixa. “A ureia é uma substância que em pequena quantidade é hidratante, mas em quantidade mais altas fazem a queratólise”, explica.

Apesar dos produtos não precisarem de receita, Patrícia indica que os pacientes passem por uma consulta com especialista para indicar o melhor tratamento.

“O problema é que o espessamento dos pés é sintoma de várias doenças”, alerta.

A mais comum é a dermatomicose, frequente nas unhas e na ponta dos dedos e causada por fungos. O primeiro sinal é o espessamento das plantas dos pés.

Cutículas
O corte das cutículas também não é recomendado. A dermatologista explica que a função da cutícula é proteger a ligação entre a unha e a pele, e quando retirada a área fica mais suscetível a infecções, que nos casos mais graves, podem invadir outros tecidos, o que exige internação hospitalar.

Como alternativa, Patrícia sugere apenas empurrar as cutículas com auxílio de substâncias emolientes e evitar retirar sempre que possível.

 

R7 Foto: Pixabay