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As diferenças entre o Aedes aegypti e o Culex quinquefaciatus (pernilongo comum) vão muito além da aparência. O temido transmissor da dengue, zika e chikungunya é menor que os mosquitos comuns, apresenta riscos que formam um pequeno desenho semelhante a uma taça no tórax e listas brancas na cabeça e nas pernas, além de ter asas translúcidas e um ruído praticamente inaudível para o ser humano. Embora chegue sem fazer barulho, pode fazer um grande estrago.

Enquanto o Culex tem uma coloração marrom, prefere atacar na madrugada, o Aedes é mais ativo no início da manhã e fim de tarde e costuma picar, preferencialmente, pés e pernas.

Originário do Egito, o Aedes aegypti teria partido da África para o continente americano. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar, como néctar e seiva, mas o macho não produz ovos e por esse motivo não necessita de sangue. Já as fêmeas intensificam a voracidade por sangue após a fecundação para realizar o desenvolvimento completo dos ovos.


Durante a sua vida, a fêmea pode dar origem a 1.500 ovos, que são distribuídos por diversos criadouros, garantindo a dispersão e preservação da espécie. Vale lembrar que se a fêmea estiver infectada pelo vírus da dengue quando fizer a postura de ovos, as larvas filhas também podem nascer com o vírus.

Como se reproduzem e desovam?
O acasalamento do Aedes aegypti acontece dentro ou ao redor das habitações, nos primeiros dias após chegar à fase adulta. As fêmeas do Aedes aegypti encontram-se aptas para a postura de ovos três dias após a ingestão de sangue e assim passam a procurar local para desovar.

Os ovos do Aedes aegypti costumam ser brancos e medem 0,4 mm de comprimento, mas escurecem após o contato com o oxigênio. Os maiores índices de infestação ocorrem em bairros com alta densidade populacional e baixa cobertura vegetal, ou seja, regiões tipicamente urbanas.

Criadouros com água limpa e parada são os preferidos para a desova, por isso manter o quintal limpo é essencial na luta contra o mosquito. Vale lembrar que os ovos são depositados nas paredes do criadouro ou bem próximo ao líquido, mas não diretamente sobre a água.

 

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