Quando pensamos no excesso de consumo de alimentos como fast food, logo o associamos com o aumento de peso devido aos seus baixos valores nutricionais. Porém, uma pesquisa realizada pela professora da Unifesp Ana Lydia Sawaya, também coordenadora do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), revelou que os danos causados por alimentos processados vai além da balança: é gerado um vício alimentar.
Crianças geralmente são atraídas por alimentos ricos em açúcar, sal e gordura, devido a sua facilidade de aceitação pelo paladar. Comidas frequentemente destinadas ao público infantil, como biscoitos e refrigerantes, são uns dos principais fatores de risco, pois sua composição é formada principalmente por tais ingredientes, além do ultra processamento dos mesmos.
O que são comidas ultraprocessadas?
Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passam por alterações em seu estado natural para que ocorra uma otimização em seu consumo. Além de processos químicos para a extensão da data de validade, os alimentos também podem passar por etapas de congelamento, fritura e fermentação. Alguns exemplos de comidas processadas são: salgadinhos, refrigerantes, sorvetes, bolacha recheada, macarrão instantâneo, gelatina, entre outros.
Além do aumento de peso, o consumo de tais alimentos mais de quatro vezes por semana pode causar dificuldade em habilidades acadêmicas, como leitura e matemática. Depressão, hiperatividade, problemas de sono e transtornos alimentares também podem ocorrer ao ingerir alimentos processados em excesso.
O incentivo ao consumo de alimentos naturais e orgânicos em crianças gera não só uma infância mais saudável, como também possibilita que tais hábitos alimentares se estendam para a fase adulta, criando uma geração mais atenta à saúde e com maior consciência corporal e ambiental.
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