• Hospital Clinicor
  • Vamol
  • Roma

 No dia 30 de agosto é o dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, estabelecido por lei em 2006. Durante todo o mês, porém, a Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME), uma das principais associações do país que tem o objetivo de divulgar a doença e contribuir para o diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a melhora na qualidade de vida, promove o "Agosto Laranja".

A ideia é chamar a atenção para a doença que, embora rara, afeta cerca de 35 mil pessoas no Brasil e 2,5 milhões no mundo todo. Mesmo assim, ainda é bastante desconhecida entre os brasileiros: 80% da população nem sequer sabem o que é. E, uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Datafolha, encomendada pela Roche Farma Brasil e feita em São Paulo, mostrou que a maioria dos paulistas não associam a doença ao grupo mais afetado, jovens adultos de 20 a 40 anos. A seguir, veja o que você precisa saber sobre a doença.

 O que é?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso central. Basicamente, a defesa do corpo confunde as células saudáveis com malignas e as ataca, provocando lesões. A palavra vem do Latim “sclerae”, que significa cicatriz.

O que causa?
As causas exatas são desconhecidas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importantes. Há pesquisas que apontam que pode existir relações entre a genética, o ambiente em que a pessoa vive e até mesmo vírus, como o da mononucleose e o do herpes. Também existem alguns estudos que sugerem que hormônios, especialmente os sexuais, podem afetar e serem afetados pelo sistema imunológico.

Quem afeta?
Se as causas ainda são desconhecidas, o grupo de risco é mais estabelecido: mulheres são mais propensas a desenvolver a esclerose múltipla, uma taxa de proporção de três para um. Apesar de poder ocorrer em qualquer fase da vida, a população mais afetada costuma ter entre 20 e 40 anos. A idade média de diagnóstico é 30 anos. Também afeta mais as populações europeias, do sul do Canadá, norte dos Estados Unidos, Nova Zelândia e sudeste da Austrália, embora não se saiba exatamente o porquê.

Quais os sintomas?
Os primeiros sintomas de esclerose múltipla costumam ser: visão turva ou dupla, fadiga, formigamentos, perda de força, falta de equilíbrio, espasmos musculares, dores crônicas, depressão, dificuldade cognitiva, problemas sexuais e incontinência urinária. Eles podem ir e vir ou serem mais prolongados. Por serem muitos sintomas, o diagnóstico pode ser difícil e inclui exames de sangue, punção lombar, ressonância magnética e exame de potencial evocado (que mede os sinais enviados pelo cérebro em resposta a estímulos).

Há tratamento?
A doença não tem cura, mas pode ser controlada e o tratamento consiste principalmente em manejar crises, controlar os sintomas e segurar a progressão da doença. Ele envolve medicamentos que suprimem o sistema imunológico, reduzem a fadiga e relaxam os músculos, além de exercícios de alongamento e fortalecimento muscular.

 

 

Revista Galileu