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Ficar mais exposto ao sol, especificamente aos raios UV-B, pode ajudar na prevenção da esclerose múltipla mais tarde, diz estudo publicado na "Neurology", publicação da Academia Americana de Neurologia.

 

Segundo a pesquisa, pessoas que vivem em regiões muito ensolaradas tiveram 45% menos chance de desenvolver a doença.

 

Se houve uma alta exposição pessoal especificamente entre os 5 e 15 anos, e maior tempo ao ar livre, o risco pode ser reduzido em até 55%.

 

Para chegar à conclusão, pesquisadores selecionaram 151 mulheres com esclerose múltipla e 235 sem a doença. As idades eram similares: em torno de 40 anos e as participantes viviam em diferentes regiões dos Estados Unidos.

 

Primeiro, participantes preencheram questionários sobre o verão e sobre o inverno de onde moraram. Elas também relataram a exposição pessoal ao sol.

 

As mulheres foram divididas em três grupos: exposição solar alta, moderada e baixa. Foram consideradas a latitude e longitude de onde vivem, bem como a duração de raios solares no verão e no inverno.

 

Com os dados, os cientistas chegaram às seguintes conclusões:

 

   Indivíduos que vivem em climas mais ensolarados tiveram 45% menos chance de desenvolver esclerose múltipla, em comparação com aqueles que viviam em climas menos ensolarados;

 

   Em relação à idade, se a exposição ao sol foi intensa entre 5 e 15 anos, o risco de esclerose múltipla era reduzido em 51%;

 

   Pessoas que passaram mais tempo ao ar livre no verão, com idades entre 5 e 15, tiveram o risco reduzido em 55%;

 

   Participantes que desenvolveram esclerose múltipla também tomaram menos sol na vida adulta, tanto no inverno, quanto no verão.

 

   "Nós descobrimos que onde uma pessoa vive e as idades em que estão expostas aos raios UV-B do sol podem desempenhar papéis importantes na redução do risco da doença", explica Helen Tremllet, pesquisadora na Universidade de Columbia Britânica e autora do estudo, em nota.

 

Outros estudos já associaram níveis mais baixos de vitamina D (adquirida na exposição ao sol) a um risco aumentado para a esclerose múltipla.

 

O que o estudo da Universidade de Columbia Britânica (Canadá) fez foi olhar a exposição ao sol ao longo da vida de uma pessoa e estudar outras variáveis, como a idade em que a pessoa se expôs a luz solar.

 

Uma limitação do estudo foi que a exposição ao sol foi auto-relatada por meio de questionário. Por outro lado, a exposição aos raios UV-B foi medida pelo local de residência, o que traz mais acuidade ao estudo (já que o dado não depende da memória do participante).

 

No vídeo abaixo, confira mais informações sobre a exposição ao sol, o tempo necessário, o melhor horário e o uso do filtro solar.

 

G1