Ao praticar atividade física ou sentir grandes emoções, é normal que o coração acelere e os batimentos cardíacos subam. Porém, quando isso acontece com o indivíduo em repouso, é um sinal de alerta e deve ser investigado por um médico, como explicou o cardiologista Roberto Kalil no Bem Estar desta terça-feira, 5.
Além dos exercícios físicos, problemas como anemia, hipertireoidismo, febre e até mesmo o uso de alguns medicamentos também podem aumentar a frequência cardíaca. Fora isso, o uso de bebidas alcoólicas, cigarro e até estresse e fortes emoções também podem acelerar o coração. Segundo o nefrologista Décio Mion, quando os batimentos estão em 100 por minuto em repouso, eles são considerados altos; abaixo de 40 por minuto em repouso são considerados baixos.
No entanto, pessoas que praticam atividade física regularmente têm o coração melhor, que consegue bombear sangue para o corpo com menos batimentos. Quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente, sobra sangue no pulmão, o que dificulta a respiração e pode causar falta de ar e insuficiência cardíaca, como explicou o nefrologista Décio Mion.
Os médicos falaram também sobre a pressão alta, que pode subir ao mesmo tempo em que a freqüência cardíaca, mas não têm relação uma com a outra. Para medir a pressão, existem alguns aparelhos que podem ser utilizados em casa, mas com cautela, como alertou o cardiologista Roberto Kalil. A dica para evitar resultados alterados é medir sempre antes do almoço ou jantar, para que a refeição não influencie, e nunca em momentos de estresse.
O medidor de punho, na opinião dos médicos, não é o mais confiável, mas caso a pessoa queira usá-lo, é importante que o punho esteja na mesma altura dos mamilos, ou seja, com os braços e mãos estendidos. Já o medidor de braço também deve estar na mesma altura, mas nesse caso, é só sentar e colocar o braço em cima de uma superfície, como uma mesa.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, vale ressaltar que a medição da pressão em casa não deve virar um hábito exagerado do paciente. Na maioria das vezes, os médicos não recomendam que as pessoas usem os aparelhos por conta própria, mas caso elas façam muita questão, é importante sempre lembrar de utilizá-los com consciência e coerência.
Síndrome do pânico
O Bem Estar desta terça-feira, 5, recebeu também o psiquiatra Daniel Barros para explicar o que é a síndrome do pânico. Segundo o médico, sentir medo em situações de risco é normal, porém quando esse medo surge sem motivo e fora de controle, é sinal de que algo está errado.
Pessoas que têm esse distúrbio costumam ter crises repentinas em situações simples, quando andam de ônibus ou até mesmo quando ficam sozinhos em casa. Em alguns casos, essas crises podem ser decorrentes de traumas ou estresses pelos quais a pessoa passou, mas às vezes, elas não têm causas específicas. Nesses momentos, o coração dispara, os músculos ficam tensos e o suor aumenta, deixando a pessoa ansiosa. A dica do psiquiatra é tentar manter a calma e procurar ajuda de um profissional, que pode indicar o melhor tratamento para que o paciente volte a ter uma vida normal.
G1