A Sociedade Brasileira de Pediatria está realizando em todo o país uma campanha contra os andadores e andajás. Os especialistas afirmam que o brinquedo dificulta o desenvolvimento físico dos bebês e acaba aumentando o descuido dos pais, que deixam de ficar de olho nas crianças após colocá-las no objeto. Isso acaba ocasionando uma série de acidentes como por exemplo choques elétricos e tombos, muitos deles fatais.
O pediatra Luiz Edson falou sobre o assunto e programa de televisão desta quarta-feira, 23. Segundo ele, há muitos anos os médicos combatem o andador. “A criança precisa de atenção 24 horas. Lamentavelmente, muitos pais querem aliviar seu trabalho junto à criança usando o andador porque a criança pode se movimentar, mas isso pode causar sérios danos. Há casos de acidentes com traumatismos cranianos, além de causar o atraso no desenvolvimento psicomotor”, alerta.
Edson acrescenta que os bebês podem se chocar contra o fogão, parede, cadeira ou até mesmo na piscina.
A educadora Gisele que trabalha em uma creche na zona leste da capital afirma também que os bebês que usam os andajás podem apresentar uma atrofia muscular e sugere outras formas de estimular a criança a caminhar. “Aqui nós trabalhamos de várias formas lúdicas: com brinquedos coloridos para despertar o interesse da criança e atraí-la, com o pula-pula (cavalinho) para o desenvolvimento motor e equilíbrio e trabalha não só os músculos das pernas como os superiores”, pontua.
Ela explica ainda que é possível utilizar uma cadeirinha, sempre com cuidado. Este objeto estimula o bebê a ficar ereto e o deixa livre para se movimentar.
É importante ressaltar que cada criança tem o seu tempo para começar a caminhar. A idade varia de 8 a 18 meses.
cidadeverde