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Ter um intestino que funcione regularmente tem muito a ver com bem-estar e qualidade de vida. Quem sofre com a prisão de ventre se sente pesado, estufado e até mal-humorado. Para evitar esse problema, uma dieta adequada é ainda o melhor caminho.

 

Mas isso não significa ter de cortar alimentos do cardápio e, sim saber dosá-los. "A relação entre constipação e alimentação está mais ligada a hábitos inadequados, como consumo insuficiente de fibras e líquidos, do que com o consumo excessivo de algum alimento", explica Mirella Pasqualin, nutricionista da RG Nutri.

 

Segundo Carolina Daher Rolfo, nutricionista clínica do hospital Albert Einstein, mesmo que alguns alimentos contenham substâncias que prendem mais o intestino, eles por si só não devem ser os "culpados" desse mal. "Não é correto dizer que alguns alimentos sejam causadores de prisão de ventre. Na realidade, o que causa a constipação intestinal é a somatória de hábitos inadequados, como baixo consumo de fibras, redução da ingestão de água, sedentarismo e uso crônico de laxantes, entre outros fatores", lista ela.

 

Retirar esses alimentos fontes de vitaminas e minerais da dieta pode causar uma deficiência nutricional no indivíduo. "Caju, goiaba e banana prata, por exemplo, têm um efeito constipante, mas não devem ser eliminados da dieta e, sim, associados a alimentos ricos em fibras, como mamão e ameixa", cita Sandra Lúcia Fernandes, médica nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

 

Para as especialistas, o consumo equilibrado de fibras é a chave para uma alimentação anticonstipante e deve ser prioridade na mesa de quem quer estar de bem com o intestino. "A prisão de ventre pode ser evitada mantendo-se uma alimentação equilibrada, que alcance os níveis recomendados de fibras e inclua hortaliças, grãos e frutas", lista Rolfo.

 

Isso porque as fibras, principalmente as insolúveis, presentes em alimentos como a linhaça, ajudam a aumentar o volume das fezes, devido à maior absorção de água, acelerando o trânsito intestinal e diminuindo a pressão para evacuar.

 

As fibras estão presentes nos cereais e produtos integrais, nas frutas com casca e bagaço, nas verduras, legumes e leguminosas. "Além de ingerir frutas e legumes, os grãos e sementes também colaboram para o bom funcionamento intestinal", afirma Fernandes.

 

 

Fernandes recomenda apenas parcimônia ao ingerir alimentos industrializados. "O excesso de carnes embutidas e alimentos industrializados ricos em carboidratos e gorduras dificultam o funcionamento intestinal, pois, em geral, são pobres em fibras", lembra ela.

 

Muita água e exercícios

 

Mas a alimentação, por si só, não faz tudo sozinha. Uma dieta equilibrada deve sempre vir associada a outros bons hábitos para que o intestino funcione corretamente. Um deles é a ingestão adequada de água. Recomenda-se o consumo de pelo menos oito copos por dia.

 

"A ingestão de líquidos hidrata e amolece o bolo fecal, levando à redução do seu peso, facilitando o trânsito intestinal e a expulsão das fezes", aponta a nutricionista do hospital Albert Einstein.

 

Ela explica ainda que consumir fibras alimentares sem a correta ingestão de água em paralelo pode trazer implicações bem desagradáveis. "Caso ocorra um baixo consumo hídrico, o indivíduo poderá apresentar efeitos adversos causados pelo consumo de fibras. Entre eles, podemos observar desde a produção excessiva de flatulência e gases, até obstrução em qualquer parte do tubo digestivo", fala Rolfo.

 

Outro ponto importante para o bom funcionamento intestinal é a atividade física. "A prática regular de exercícios físicos auxilia na manutenção dos movimentos peristálticos normais (movimento feito pelo intestino para expulsar as fezes)", ressalta Rolfo.

 

Uol